
Pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) desenvolveram um novo m�todo para identificar se o paciente tem ou n�o Alzheimer, doen�a que provoca perda progressiva das fun��es cognitivas. Enquanto o m�todo convencional utilizado atualmente pode levar de 15 a 20 horas para apontar a presen�a da doen�a, com a tecnologia desenvolvida esse n�mero pode ser reduzido para 15 minutos.
De acordo com a universidade, a nova t�cnica consiste em analisar a morfologia do c�rebro por meio de imagens tridimensionais geradas por resson�ncia magn�tica. Com isso, � poss�vel apontar se o paciente tem ou n�o Alzheimer ou at� mesmo se apresenta caracter�sticas que indicam o poss�vel surgimento da doen�a no futuro.
No Brasil, a Doen�a de Alzheimer atinge 1,2 milh�o de pessoas, quase duas vezes o n�mero da popula��o de Contagem, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�sticas (IBGE), a cidade mineira tem 659.070 habitantes.
De acordo com a Unicamp, 100 mil novos casos s�o registrados no pa�s a cada ano. Por causa das mortes celular e neuronal causadas pela doen�a, o c�rebro perde massas branca e cinza e assume uma configura��o diferente da do �rg�o saud�vel.
O Alzheimer n�o tenha cura, mas seus efeitos, como perda de mem�ria, confus�o mental e comprometimento do senso de dire��o, podem ser retardados, desde que o diagn�stico seja feito de forma precoce.
Surgimento do M�todo
A t�cnica foi criada no contexto da disserta��o de mestrado do cientista da computa��o Guilherme Adriano Folego, sob orienta��o do professor Anderson Rocha.
“Aqui, n�s transformamos pixels em informa��es. Ou seja, processamos e analisamos imagens com o prop�sito de extrair dados de interesse. Nesse caso, buscamos identificar caracter�sticas morfol�gicas do c�rebro que s�o compat�veis com as dos �rg�os afetados pelo Alzheimer”, explica o docente.
A t�cnica desenvolvida no IC-Unicamp faz o diagn�stico em tr�s classes diferentes: pessoa saud�vel, com Alzheimer e em est�gio intermedi�rio - aquela que apresenta comprometimento cognitivo leve.
“O diagn�stico desse est�gio intermedi�rio � considerado cr�tico pela Medicina, porque � muito dif�cil de ser feito. Sendo poss�vel fazer essa identifica��o, tamb�m � poss�vel dar in�cio a um tratamento precoce que retarde ao m�ximo as consequ�ncias do Alzheimer”, assinala o professor Anderson Rocha.
O professor ressalta que apesar da inven��o ter 75% de acerto dos casos, a t�cnica n�o substitui o trabalho do neurologista. ““Muito pelo contr�rio, a presen�a do m�dico � indispens�vel, at� porque � ele quem dar� a palavra final. N�s desenvolvemos um algoritmo com a fun��o de aprender os padr�es das imagens e, assim, fornecer aos profissionais da Medicina informa��es mais refinadas para a tomada de decis�o”, afirma.
(Com informa��es do Jornal da Unicamp)