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Estado de Minas GERAL

Processo para reconhecimento da santidade de Irm� Dulce come�ou em 2000


postado em 14/05/2019 13:18

O Papa Francisco assinou nesta segunda-feira, 13, um decreto que reconhece o segundo milagre atribu�do a Irm� Dulce e far� com que ela seja proclamada santa. Irm� Dulce foi beatificada em 22 de maio de 2011.

O processo para o reconhecimento da santidade de Irm� Dulce foi iniciado em janeiro de 2000, quando os restos mortais da freira, que estavam na Igreja da Concei��o da Praia, em Salvador, foram transferidos para a Capela do Convento Santo Ant�nio, na sede das Obras Sociais Irm� Dulce, tamb�m na capital baiana.

Etapas

Depois do in�cio do processo, em 2000, o papa Bento XVI reconheceu, em abril de 2009, as virtudes heroicas da Serva de Deus Dulce Lopes Pontes, autorizando oficialmente a concess�o do t�tulo de Vener�vel � religiosa.

O t�tulo � o reconhecimento de que Irm� Dulce viveu, em grau heroico, as virtudes crist�s da f�, esperan�a e caridade.

Em outubro de 2010, a Congrega��o para a Causa dos Santos, apor meio de voto favor�vel e un�nime de seu col�gio de cardeais e bispos, atestou a autenticidade do primeiro milagre atribu�do � Irm� Dulce, cumprindo, dessa forma, a �ltima etapa do processo de beatifica��o. J� no dia 10 de dezembro de 2010, o papa Bento XVI autorizou a promulga��o do decreto do primeiro milagre.

Irm� Dulce foi ent�o beatificada no dia 22 de maio de 2011, em cerim�nia realizada no Parque de Exposi��es de Salvador, reunindo mais de 70 mil pessoas. Na ocasi�o, a freira baiana foi coroada como a primeira beata nascida na Bahia e passou a se chamar Bem-aventurada Dulce dos Pobres, tendo o dia 13 de agosto como data oficial de celebra��o de sua festa lit�rgica. Faltava apenas a valida��o de um segundo milagre para que a religiosa fosse ent�o canonizada.

Trajet�ria

Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes nasceu em 26 de maio de 1914 em Salvador. Segunda filha do dentista Augusto Lopes Pontes e de Dulce Maria de Souza Brito Lopes Pontes, a menina que gostava de soltar pipa e jogar futebol manifestou o interesse pela vida religiosa no in�cio da adolesc�ncia.

Segundo a institui��es Obras Sociais Irm� Dulce, por volta de 1927, aos 13 anos de idade, a adolescente come�ou a atender doentes no port�o de casa, conhecida mais tarde como "A Portaria de S�o Francisco", tal a aglomera��o de desassistidos.

Em 1933, a jovem ingressou na Congrega��o das Irm�s Mission�rias da Imaculada Concei��o da M�e de Deus, no Convento de Nossa Senhora do Carmo, em S�o Crist�v�o (Sergipe). No mesmo ano, recebeu o h�bito e adotou, em homenagem � sua m�e, o nome de Irm� Dulce.

EM 1935, Irm� Dulce iniciou um trabalho assistencial nas comunidades carentes, sobretudo nos Alagados, conjunto de palafitas que se consolidara na parte interna do bairro de Itapagipe. Nessa mesma �poca, come�ou a atender tamb�m aos oper�rios, criando um posto m�dico e fundando, em 1936, a Uni�o Oper�ria S�o Francisco - primeira organiza��o oper�ria cat�lica do estado.

Em 1939 ocorreu o fato que definiu o futuro de sua a��o social: a invas�o de cinco casas, na Ilha dos Ratos, para abrigar doentes que n�o tinham onde ficar. Dez anos depois, Irm� Dulce ocupou, com autoriza��o da sua superiora, o galinheiro do Convento Santo Antonio (inaugurado dois anos antes), levando para l� 70 doentes.

A iniciativa deu origem � tradi��o oral propagada h� pelo povo baiano de que a freira construiu o maior hospital da Bahia a partir de um galinheiro. Em 1959, foi estabelecida oficialmente a Associa��o Obras Sociais Irm� Dulce e, no ano seguinte, inaugurado o Albergue Santo Ant�nio.

Doentes, albergados, deficientes e �rf�os: o trabalho assistencial de Irm� Dulce que respirava com apenas 20% da capacidade pulmonar, atingiu propor��es ainda maiores nas tr�s d�cadas seguintes, sendo definido pela pr�pria freira como "a �ltima porta" a quem recorrem os menos assistidos.

Irm� Dulce morreu no dia 13 de mar�o de 1992, aos 77 anos, no Convento Santo Ant�nio, ao lado de seus doentes. O t�mulo da freira est� na Capela das Rel�quias, local para onde seus restos mortais foram transferidos ap�s exuma��o, em 9 de junho de 2010. A visita��o est� aberta durante todos os dias, das 7h �s 18h. A capela fica no Santu�rio de Irm� Dulce, no bairro do Bonfim, em Salvador.


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