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Estado de Minas GERAL

'Eu n�o sei o valor de uma cadeirinha. Sei de caix�o', diz aliada de Bolsonaro


postado em 08/06/2019 09:33

Aliada do presidente Jair Bolsonaro, a deputada federal Christiane Yared (PL-PR) fez um dos discursos mais duros at� agora na C�mara contra o projeto do governo que afrouxa puni��es no tr�nsito. "Quanto custa uma? Eu n�o sei o valor de uma cadeirinha. Sei quanto custa um caix�o, eu paguei o caix�o do meu filho. Eu sei quanto custa choro, flores." Seu filho, Gilmar Souza Yared, foi morto em 2009, ap�s o carro do ex-deputado estadual Jos� Carli Filho, que se apresentou � Justi�a no �ltimo dia 28, atingir o ve�culo. Agora no Congresso, a deputada federal pelo Paran� diz "lutar por vidas". "At� pedi a l�deres (dos partidos) que sugerissem o meu nome (para a relatoria da proposta na Casa)."

O que mudou com a morte?

Mudou tudo. Eu era uma empres�ria conhecida no Paran�. Trabalhei 30 anos nessa empresa e, gra�as a Deus, era bem-sucedida e em uma madrugada fui acordada por dois agentes federais que traziam a informa��o da morte do meu filho. No IML, n�o deixaram meu esposo reconhecer o corpo. Falaram que nunca tinham visto nada igual e ele n�o dormiria mais na vida. Depois, recebi no cemit�rio um caix�o lacrado. Normalmente (depois disso), a gente n�o quer fazer mais nada da vida, as fam�lias se desmancham. No dia que o enterrei, disse a ele que n�o ia enterr�-lo, ia plant�-lo. Criei uma ONG. J� dei quase 3 mil palestras na �nsia de tentar diminuir essas mortes no tr�nsito.

Como a senhora avalia o projeto do presidente Jair Bolsonaro?

O que sugerimos ao presidente � sa�das. Vi que houve pressa na apresenta��o desse projeto e ele n�o vai passar do jeito que est� no Congresso porque n�s ali estamos na defesa desse tr�nsito mais seguro. Para alguns pontos j� temos at� projetos apresentados, como os 40 pontos na carteira para motoristas profissionais.

E nos demais pontos?

A preocupa��o � realmente com seguran�a. Com rela��o ao farol aceso de dia, � important�ssimo. A gente viu a� uma redu��o de 15% das mortes nas estradas, nas rodovias no Pa�s. E quanto � cadeirinha, o valor � completamente irris�rio, se for comparar a um terreno no cemit�rio, a um caix�o, ao tempo de choro e flores. Ent�o trouxemos essa realidade para o plen�rio. E tamb�m vimos com preocupa��o a quest�o dos dez anos para renovar a habilita��o. Veja o meu caso: o jovem que matou o meu filho, aos 18 anos teve a habilita��o concedida. Quando fez a renova��o estava com 23; quando fez 26, era um drogado, tinha problema s�rio com alcoolismo e hist�rico de pontos assustador na carteira. E continuava dirigindo. Matou duas pessoas. Vejo com preocupa��o, n�o a renova��o da carteira, mas a renova��o dos exames m�dicos. � um pa�s que n�o tem responsabilidade... "Ah n�o, cada pai � respons�vel pelo seu filho", dizem. A gente v� por a� todos os dias, basta parar na frente de uma escola para ver como os pais s�o respons�veis: as crian�as chegam todas soltas, �s vezes 3, 4 no carro, naquela folia. E se houver um acidente, uma colis�o na traseira do carro, essas crian�as ser�o ejetadas para fora. Depois n�o adianta chorar. Se morreu, tem de enterrar. E se ficar sequelas, o Pa�s inteiro paga a conta. A cada dez leitos no Brasil, sete s�o ocupados com acidentados de tr�nsito.
As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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