Professor � condenado a 40 anos de pris�o por estupro de alunas de 12 a 14 anos

A Justi�a de Mato Grosso do Sul condenou um professor a uma pena de 40 anos de reclus�o, em regime fechado, por estupro, ass�dio, corrup��o de menores, importuna��o e constrangimento contra alunas da Escola Estadual Odete Ignez, em Nioaque, a 180 km de Campo Grande.

Segundo o processo judicial, os casos ocorreram em 2017, quando as v�timas tinham de 12 a 14 anos. Na senten�a, a ju�za Larissa Luiz Ribeiro determinou tamb�m o pagamento de uma indeniza��o por danos morais no valor de R$ 5 mil a cada v�tima, bem como a perda do cargo p�blico.

O processo correu em segredo de Justi�a. De acordo com o Minist�rio P�blico Estadual de Mato Grosso do Sul, uma v�tima narrou que o professor "a acariciou quando estava voltando do intervalo das aulas". Uma colega de escola confirmou tal situa��o e disse que "o professor come�ou a conversar com a v�tima como se tivessem algum relacionamento".

De acordo com os autos, o acusado sempre "sondou a aluna para que ela fosse � casa dele tomar terer�, uma bebida t�pica de Mato Grosso do Sul".

A v�tima disse que o professor "a beijava e abra�ava de modo muito diferente do normal e que (durante) um desses abra�os sentiu a m�o dele abaixando em seu corpo at� pegar em sua n�dega".

Outra v�tima, de 12 anos, disse que os fatos ocorreram depois das f�rias de inverno. Narrou que ele come�ou com "umas brincadeiras sem gra�a e perguntava se o tinha tra�do nos fins de semana de descanso".

A adolescente contou que "teve um dia em que estavam fazendo trabalho escolar no p�tio da escola e que, ao tentar tirar uma d�vida com ele, (o professor) tentou beij�-la". "Ele chegou perto de mim e eu virei o rosto e sa�", disse a aluna.

Ela afirmou tamb�m que o acusado tinha "a mania de puxar as meninas pela cintura para chegar mais perto". Contou que, "normalmente, o professor fazia isso dentro da sala, onde estava a turma inteira presenciando os fatos".

Em sua defesa, o denunciado negou os crimes. Ele pediu a absolvi��o, por "aus�ncia de provas robustas".

Para a ju�za Larissa Luiz Ribeiro, os documentos juntados nos autos, bem como os depoimentos individuais de v�timas e testemunhas, "comprovam absolutamente os crimes cometidos pelo professor".

A magistrada esclareceu que o delito de estupro de vulner�vel "foi perfeitamente demonstrado, j� que o r�u colocou a m�o na cintura da v�tima, desceu e apalpou sua n�dega, com v�tima menor de 14 anos, com intuito de satisfazer sua lasc�via, e n�o apenas importunar a v�tima".