A l�der evang�lica e deputada federal Flordelis (PSD-RJ), afirmou nesta ter�a-feira, 25, que n�o havia nenhuma desaven�a entre ela e o marido, o pastor Anderson do Carmo, e nem entre o marido e os filhos. O pastor foi assassinado na madrugada do �ltimo dia 16, dentro de casa, em Niter�i (regi�o metropolitana do Rio).
Dois dos 55 filhos de Flordelis - um biol�gico, Fl�vio, de 38 anos, de um casamento anterior, e Lucas, de 18 anos, adotado por ela e o pastor - est�o presos, investigados pelo homic�dio. Segundo a pol�cia, Fl�vio confessou ter cometido o crime. Os advogados dele contestam essa confiss�o, alegando que ele teria sido ouvido sem a presen�a de defensores.
Flordelis, que logo ap�s o crime disse acreditar em latroc�nio (roubo seguido de morte) e negou veementemente a participa��o dos filhos, nesta ter�a-feira n�o descartou que o assassinato de Carmo tenha sido cometido por algum dos filhos: "Hoje estou com a pol�cia, quero esclarecer o que houve, o que quer que seja".
Perguntada se desconfia de Fl�vio, ela disse que n�o acredita que ele tenha cometido o crime, mas gostaria de encontra-lo: "Eu ainda n�o o vi, quero que ele diga para mim se fez ou n�o fez", afirmou. "Eu n�o sei se ele fez, mas n�o acredito (que tenha cometido o crime). Meu filho estava l�, meu filho foi quem socorreu, foi quem buscou uma viatura (da pol�cia), foi quem permaneceu no local, mesmo tendo o mandado de pris�o por viol�ncia dom�stica. Existem muitos elementos para acreditar que n�o foi ele. Eu nunca ensinei isso a ele". Perguntada se faria tudo pelos filhos, ela disse que "s� n�o passaria a m�o na cabe�a deles por erros que eles tenham cometido".
A deputada disse ter conhecimento do envolvimento do filho Lucas com o tr�fico de drogas, e que sempre tentou ajuda-lo. "Ver um filho vivendo isso � muito sofrido". Mas ela negou que esse envolvimento com as drogas tenham causado desaven�as com o pai a ponto de Lucas ter envolvimento na morte dele.
Quando perguntada sobre a arma encontrada no quarto do Fl�vio, ela disse acreditar que n�o foi 'plantada' por algu�m para incriminar seu filho, mas contou que h� um fato ligado � exist�ncia dessa arma que j� � conhecido pela pol�cia, mas n�o pode ser divulgado ainda, e que explicaria a exist�ncia dessa arma.
Flordelis disse que n�o sabe onde est� o celular dela nem o do marido: "O celular do meu marido � muito mais importante para mim do que para a pol�cia, porque ali est�o meus �ltimos momentos com meu marido, jogo de futebol em Bras�lia, passeios. E ali � que ficava minha agenda como cantora, tamb�m. Ent�o, pe�o que quem estiver com esse aparelho que me devolva", clamou.
A deputada negou que a fogueira feita nos fundos da casa tenha sido usada para destruir provas do crime. "Tem muito mato ao redor, ent�o quando o terreno � capinado sempre acaba sendo incendiado", contou.
Ao encerrar mais de uma hora e meia de entrevista, ela pediu "que n�o rotulem meus filhos, deixem meus filhos viverem": "Estou ferida, parte de mim morreu, mas estou de p�, e tudo o que seria realizado pelo meu marido nesta ano ser� feito".
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