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Estado de Minas

Duas adolescentes de 15 anos matam uma de 14 e registram em v�deo

A v�tima teria sido levada do col�gio onde estudava at� o local do crime, onde sofreu diversos atos violentos e morreu


postado em 26/06/2019 13:33

A vítima foi levada dos Coelhos, no Recife, para local do assassinato(foto: Reprodução/WhatsApp)
A v�tima foi levada dos Coelhos, no Recife, para local do assassinato (foto: Reprodu��o/WhatsApp)

“Minha filha s� tinha 14 anos. N�o merecia isso. Tinha a vida pela frente”, lamentou a m�e de Raissa Sotero Rezende, torturada e assassinada por duas adolescentes de 15 anos na Praia de Maria Farinha, em Paulista, Regi�o Metropolitana do Recife. Ocorrido na manh� desta ter�a-feira, � beira da �gua da praia, o crime foi gravado e viralizado nas redes sociais pelas pr�prias jovens suspeitas de cometerem o ato. Elas foram apreendidas pela Pol�cia Civil e encaminhadas � Unidade de Atendimento Inicial (Uniai) da Funase, onde seguem � disposi��o da Justi�a.

A m�e, o padrasto e o namorado de Raissa ainda estavam perplexos com o ocorrido, ao chegarem no in�cio da noite de ontem ao Instituto M�dico Legal (IML), em Santo Amaro. O homic�dio aconteceu por volta das 9h. A v�tima teria sido levada do col�gio onde estudava, localizado no bairro dos Coelhos, no Recife, at� o local do crime, onde sofreu diversos atos violentos e morreu.

As adolescentes suspeitas foram apreendidas em flagrante por ato infracional equiparado ao homic�dio, duplamente qualificado. A Lei Maria da Penha tamb�m se aplicou � situa��o pelo contexto: Raissa e uma das meninas que aparecem no v�deo gravado tiveram um relacionamento no ano passado e, mesmo separadas, a v�tima era alvo de constantes ass�dios e persegui��es da suspeita.

Na �poca em que tiveram um caso, a v�tima morava com o pai e a av�, no bairro da Caxang�, Zona Oeste. No auge do relacionamento, chegou a ficar quase dois meses fugida de casa, junto da ex, para desespero da fam�lia. Ao retornar para casa, se separou. Queixava-se de agress�es constantes com faca e queria outro rumo para a vida.

As investidas eram tantas que motivaram a jovem a trocar de escola e ir morar com a m�e, nos Coelhos. N�o adiantou: segundo os familiares, a ex continuou a persegui��o, at� que descobriu o novo col�gio que Raissa estudava. E ontem ela teria sido atra�da a entrar em um carro e ir � praia, onde foi assassinada.

De acordo com fontes na Pol�cia Civil, a apreens�o das adolescentes foi complicada. Em um primeiro momento, foram encaminhadas � Delegacia de Homic�dios de Paulista e depois para a Delegacia de Maria Farinha. Durante todo o trajeto, xingaram e tentaram agredir os agentes, segundo as fontes. Houve um momento em que ficou insustent�vel a coleta de depoimentos das duas.

Feminic�dio
Apesar de ter existido um relacionamento entre a v�tima e a agressora, a pol�cia descarta, neste primeiro momento, qualificar o caso como um feminic�dio. “A hip�tese vai ser apurada, mas pelo que elas (as adolescentes apreendidas) estavam contando, n�o havia uma rela��o de menosprezo por ser mulher”, explica o delegado Alvaro Muniz, respons�vel pela autua��o.

Bianca Rocha, diretora de enfrentamento � viol�ncia de g�nero da Secretaria da Mulher de Pernambuco, endossa o ponto de vista. “Se, de fato, a motiva��o for comprovada por ser uma quest�o de ci�mes, pode at� se caracterizar um feminic�dio. Mas pela forma com que o crime foi executado, com crueldade, acho que seria banalizar o termo”, aponta.


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