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Estado de Minas GERAL

�reas reconhecidas pela Unesco convivem com problemas


postado em 06/07/2019 11:00

Distantes da festa pelos t�tulos internacionais rec�m-conquistados por Paraty e Ilha Grande, cidades e parques do Brasil que j� ganharam o reconhecimento da Unesco em outros anos convivem com problemas. De atra��es naturais a hist�ricas, as queixas s�o de baixo investimento p�blico e amea�a de gargalos urbanos, como viol�ncia.

Primeira do Pa�s a receber a honraria, em 1980, Ouro Preto (MG) tem dificuldade de conservar seu patrim�nio colonial. Um exemplo � a Igreja de Bom Jesus de Matosinhos, fechada para restauro desde 2014. O teto corre risco de desabar e o muro do adro, pr�ximo de uma encosta, cedeu. O monumento abriga uma escultura atribu�da a Aleijadinho, que viveu entre os s�culos 18 e 19. A reforma � estimada em R$ 4 milh�es.

Na Igreja de Nossa Senhora da Concei��o de Antonio Dias, onde foi sepultado o mestre do estilo barroco, a visita��o tamb�m est� restrita por causa de obras, estimadas em R$ 7,6 milh�es. As duas interven��es est�o previstas desde 2009.

O Instituto Estadual do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico de Minas informa que a reforma da Igreja Bom Jesus est� em "fase preparat�ria", com projetos aprovados e or�amento em finaliza��o. Sobre a outra igreja, diz que a reforma teve a 1.� etapa conclu�da em 2017 e a atual fase deve acabar no meio de 2020. O acesso � restrito por seguran�a.

O crescente fluxo de moradores, turistas e ve�culos na cidade - conhecida tamb�m por abrigar festas populares e rep�blicas universit�rias - � outro obst�culo para equilibrar passado e presente. Segundo a prefeitura, foi criado at� um bairro para atrair moradores e estabelecimentos e desafogar o centro hist�rico. Informou tamb�m haver restri��es de ve�culos na �rea.

Em Olinda, s�mbolo colonial de Pernambuco, a falta de seguran�a � uma das queixas. No centro hist�rico, moradores e turistas relatam medo de andar na rua � noite. A Companhia Independente de Apoio ao Turista, da Pol�cia Militar, diz haver rondas ostensivas e tamb�m monitoramento por c�meras.

Hist�ria esquecida

No interior do Piau�, a restri��o de verba p�e em risco o Parque Nacional da Serra da Capivara, patrim�nio desde 1991, que abriga importantes pinturas rupestres da Am�rica. "T�nhamos 152 funcion�rios que cuidavam de estradas, infraestrutura do parque, pr�dios e s�tios arqueol�gicos. Hoje, s�o sete porque n�o temos mais dinheiro", conta a arque�loga Ni�de Guidon, coordenadora da Funda��o Museu do Homem Americano, respons�vel por gerir o parque.

O principal n� foi o fim do contrato, que valia desde 2013, entre a funda��o e o Instituto do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico Nacional (Iphan). No fim de 2018, n�o houve renova��o, o que travou repasses federais. "O fato de ser patrim�nio da humanidade obriga o governo a manter o parque, mas a realidade � que os conv�nios t�m sido encerrados", diz Ni�de.

Segundo o Iphan, o termo de acordo "est� em tramita��o interna" e foram liberados R$ 500 mil para os s�tios arqueol�gicos. E informa que novos servidores est�o sendo alocados nas regionais - ao todo, 280 foram alocados neste ano .

Falta de verba

Diretor de Patrim�nio Material e Fiscaliza��o do Iphan, Andrey Schlee afirma que muitos problemas s�o "reflexo de nossas cidades", com or�amentos reduzidos. O �rg�o, diz, dialoga com prefeituras e Estados para resolver problemas b�sicos, como saneamento e seguran�a, e ainda com o Congresso por emendas para a �rea. Ele admite ter havido atraso de verbas federais a cidades hist�ricas por necessidade de adaptar projetos. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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