
Nesta ter�a-feira, 16, o presidente do STF, ministro Dias Toffoli, aceitou um pedido da defesa do senador e suspendeu todos os processos em tramita��o no Brasil que tenham compartilhado dados do Coaf com o Minist�rio P�blico sem que houvesse autoriza��o judicial pr�via para isso.
"Num caso houve informa��o direta do Coaf para o MP e pode gerar questionamento", diz o advogado Alberto Toron, que comanda a defesa do m�dium. Segundo ele, cabe questionamento com rela��o ao caso que apura lavagem de dinheiro. "Penso que apenas em rela��o ao que apura a pr�pria lavagem."
Dois relat�rios do Coaf est�o no centro do Caso Jo�o de Deus. Um deles foi usado para sustentar sua pris�o, e foi encaminhado pelo Coaf ao MP de Goi�s ainda em dezembro de 2018, assim que as primeiras den�ncias contra o m�dium apareceram na m�dia. Segundo este relat�rio, o m�dium fez movimenta��es financeiras de R$ 35 milh�es �s v�speras da decreta��o de sua pris�o preventiva - o que chamou a aten��o Coaf. Os investigadores desconfiaram de tentativa de fuga do Pa�s.
R�u em oito processos por viol�ncia sexual contra quase uma centena de mulheres e preso h� quase sete meses no complexo penitenci�rio de Aparecida de Goi�nia, Jo�o de Deus � suspeito ainda de construir um "imp�rio" por meio da extors�o de seguidores, lavagem de dinheiro e pr�tica de crimes contra o Sistema Financeiro Nacional. Um relat�rio feito pela for�a-tarefa que investiga o caso aponta Jo�o de Deus como chefe de uma organiza��o criminosa.
As provas incluem dois relat�rios do Coaf que detalham transa��es milion�rias nas contas do m�dium e seus aliados, al�m de e-mails entre membros do grupo, depoimentos de testemunhas e escrituras de im�veis. Os investigadores suspeitam que o m�dium possa ter acumulado ilegalmente milh�es de reais por mais de tr�s d�cadas.
