Nos EUA, Damares diz que governo est� preocupado com persegui��o de crist�os

Em Washington, a ministra da Mulher, Fam�lia e Direitos Humanos, Damares Alves, disse que o governo brasileiro est� "particularmente apreensivo" com a persegui��o contra crist�os em diferentes partes do mundo. "N�o d� mais para admitir a persegui��o e morte de tantos crist�os no mundo", disse a ministra, em discurso de quatro minutos durante encontro sobre avan�o da liberdade religiosa, realizado pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos.

Ela anunciou a cria��o de um comit� nacional de liberdade religiosa e de cren�a e tamb�m de uma "coordena��o nacional para promover iniciativas para garantir o pleno exerc�cio da liberdade religiosa". A ministra n�o explicou a compet�ncia de cada um dos nos �rg�os criados e nem detalhou quais iniciativas ser�o tomadas, mas disse que ser� dada "aten��o especial �s religi�es de matriz africana", sem citar ataques a esse segmento.

As religi�es africanas s�o as mais atingidas por ataques de intoler�ncia religiosa no Brasil, segundo dados do Disque 100, canal do governo para den�ncias de viola��o de direitos. Antes de ir a Washington, Damares, que � evang�lica, esteve em Miami e disse durante evento que "j� foi para a porta de terreiro proteger o espa�o".

Damares afirmou que a liberdade religiosa � um valor central das pol�ticas p�blicas do Pa�s e defendeu a lei sancionada pelo presidente, Jair Bolsonaro, que permite que alunos faltem na escola por motivo religioso.

"� preciso combater narrativas que promovam o �dio e repudiar legisla��es que restrinjam a liberdade religiosa. Entretanto, essas a��es n�o s�o apenas responsabilidade dos governos. Os l�deres religiosos tamb�m desempenham papel central em raz�o da influ�ncia que exercem na sociedade", disse Damares, que criticou tamb�m o que chamou de "pequenos atos que manifestam descaso pela cren�a alheia".

Evento

O uso da liberdade religiosa como pilar da pol�tica externa americana ganhou for�a no governo do presidente Donald Trump, a despeito de o republicano n�o ser considerado uma pessoa religiosa. Segundo estudo do Pew Research Center, de 2007 a 2017, houve crescimento nas restri��es religiosas impostas por governos ao redor do mundo e hostilidades praticadas contra grupos religiosos.

A avalia��o corrente nos EUA � de que o tema agrada parte da base eleitoral de Trump, que s�o os crist�os evang�licos preocupados com a discrimina��o ao redor do mundo. Cr�ticos do presidente consideram, no entanto, que o governo americano � seletivo na defesa das liberdades ao condenar pa�ses como Ir� e China sem denunciar abusos cometidos por aliados, como a Ar�bia Saudita.