O Brasil se tornou o segundo pa�s do mundo a cumprir as medidas indicadas pela Organiza��o Mundial de Sa�de (OMS) para a redu��o do fumo. A informa��o est� no relat�rio da OMS divulgado nesta sexta-feira, 26, e corrobora a posi��o do pa�s como refer�ncia mundial no combate ao tabagismo. Na �ltima d�cada, o n�mero de fumantes no pa�s foi reduzido em 40%.
O relat�rio revela que dentre os 171 pa�ses que aderiram �s medidas globais da OMS apenas o Brasil e a Turquia implementaram as a��es com sucesso.
Dados do Sistema de Vigil�ncia de Fatores de Risco e Prote��o para Doen�as Cr�nicas por Inqu�rito Telef�nico (Vigitel) revelam que, em 2018, 9,3% dos brasileiros afirmaram ter o h�bito de fumar. Em 2006, ano da primeira edi��o da pesquisa, esse percentual era de 15,7% -- uma redu��o de 40%.
O Vigitel revela ainda que o perfil dos tabagistas vem mudando ao longo dos anos. H� uma redu��o significativa do uso do tabaco em todas as faixas et�rias, como de 18 a 24 anos de idade (12% em 2006 e 6,7%, em 2018), 35 e 44 anos (18,5% em 2006 e 9,1% em 2018) e entre 45 a 54 anos (22,6% em 2006 e 11,1% em 2018). As mulheres tamb�m v�m assumindo um protagonismo importante nesse cen�rio, superando a m�dia nacional, reduzindo em 44% o h�bito de fumar no per�odo.
A redu��o do consumo � resultado direto das a��es implementadas no pa�s, segundo o relat�rio. No caso do Brasil, o tratamento do tabagismo � oferecido em mais de quatro mil unidades de sa�de do SUS. Entre 2005 e 2016, quase 1,6 milh�o de brasileiros realizaram o tratamento de cessa��o do tabaco na rede p�blica de sa�de, segundo o INCA. Al�m disso, a popula��o conta, desde 2001, com um servi�o telef�nico nacional para tirar d�vidas, cujo n�mero (Disque Sa�de 136) deve estar obrigatoriamente estampado no r�tulo frontal de todos os ma�os de cigarros.
Para proteger a popula��o contra a fuma�a do tabaco, a legisla��o antifumo foi aperfei�oada ao longo dos anos. Essa medida levou o Brasil a se tornar o primeiro pa�s com uma popula��o acima de 100 milh�es 100% livre de fumo. Vale enaltecer a Lei 12.546/2011, que, al�m de proibir o ato de fumar em locais fechados, p�blicos e privados, impediu, inclusive, a possibilidade da exist�ncia de fum�dromos.
A advert�ncia sobre os perigos do tabaco tamb�m foi se aprimorando no decorrer dos anos. As mensagens nas embalagens dos cigarros passaram a ser mais impactantes. Uma lei federal determinou a inclus�o das imagens de alerta em 30% da parte frontal da embalagem e em 100% da parte de tr�s.
A legisla��o brasileira tamb�m foi r�gida quanto a publicidade do tabaco, que, no ano 2000, foi proibida nos meios de comunica��o de massa, como TV, r�dio, revistas, jornais e outdoors. O patroc�nio de marcas de cigarro foi vetado em eventos culturais e esportivos, al�m da proibi��o total de pontos de venda.
O tabagismo � a principal causa de c�ncer de pulm�o, sendo respons�vel por mais de dois ter�os das mortes por essa doen�a no mundo. No Brasil, o INCA estima que at� o final de 2019 sejam registrados 31.270 novos casos de c�ncer de traqueia, br�nquio e pulm�o em decorr�ncia do tabagismo. O c�ncer de pulm�o � o segundo mais frequente no pa�s. Dados do Minist�rio da Sa�de, mostram que 27.833 pessoas morreram em 2017 devido a essa causa. Entretanto, as consequ�ncias dos cigarros n�o s�o apenas essas.
Segundo o INCA, em 2015, as mortes com rela��o direta ao uso do tabaco foram: doen�as card�acas (34.999); doen�a pulmonar obstrutiva cr�nica - DPOC (31.120); outros c�nceres (26.651);tabagismo passivo (17.972); pneumonia (10.900) e por acidente vascular cerebral - AVC (10.812).
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