
O governo do Par� iniciou nesta ter�a-feira, 30, a transfer�ncia de 46 detentos ap�s o massacre no Centro de Recupera��o Regional de Altamira (CRRALT) nesta segunda-feira, 29, que terminou com 57 mortos. Do total, oito homens apontados como l�deres da fac��o Comando Classe A (CCA), respons�vel pela matan�a, ser�o encaminhados para penitenci�rias federais; oito para unidades em Bel�m, onde ficar�o em isolamento; e 30 ser�o distribu�dos por outras cinco pris�es.
Conhecido como Hebraico, Luziel � considerado um dos comandantes do CCA. O grupo criminoso nasceu no Par� h� 11 anos e domina o tr�fico na regi�o. A fac��o foi criada por um irm�o de Luziel, Oziel Barbosa, o Tchile, que foi morto em confronto com a pol�cia. Outro irm�o deles, Lucenildo Barbosa, conhecido como L�cio VK, est� foragido.
A opera��o de transfer�ncia dos detentos conta com a atua��o de 100 agentes de seguran�a p�blica do Estado, das Pol�cias Civil e Militar, da Superintend�ncia do Sistema Penitenci�rio (Susipe) e do Grupamento A�reo de Seguran�a P�blica (Graesp).
O governo do Par� informou que a Secretaria de Estado de Sa�de P�blica (Sespa) presta assist�ncia aos familiares dos detentos mortos no massacre em Altamira. Nesta ter�a, a gest�o estadual informou os nomes das 57 v�timas.
"Uma equipe multidisciplinar, formada por cinco m�dicos, quatro psic�logos, cinco assistentes sociais e quatro enfermeiros, al�m de profissionais auxiliares, est� garantindo atendimento e acolhimento �s fam�lias, 24 horas, por tempo indeterminado", afirmou, em nota, o governo do Par�.
Como foi o massacre no pres�dio de Altamira, no Par�
Segundo a Susipe, os assassinatos foram resultado de um confronto entre duas fac��es criminosas que disputam territ�rio dentro da unidade prisional, o CCA e o Comando Vermelho (CV). O massacre se iniciou por volta das 7 horas, quando l�deres do CCA atearam fogo em uma cela que pertence a um dos pavilh�es do pres�dio, onde ficavam integrantes do CV.
Massacre
Como a unidade � mais antiga, constru�da de forma adaptada a partir de um cont�iner, com alvenaria, o fogo se alastrou rapidamente. A maioria dos mortos foi v�tima de asfixia, e 16 foram decapitados.
Em Bras�lia, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) evitou lamentar o massacre de Altamira. Questionado sobre o caso nesta ter�a, ele afirmou: "Pergunta para as v�timas dos que morreram l� o que elas acham. Depois eu falo com voc�s".