Por causa do mau cheiro causado pelo estado de decomposi��o dos corpos, familiares t�m desistido de velar v�timas do massacre no pres�dio de Altamira, no interior do Par�. Em vez da cerim�nia, os caix�es saem direto do Instituto M�dico Legal (IML) para algum cemit�rio da cidade.
Foi o caso de Anderson dos Santos Oliveira, de 26 anos, um dos 62 mortos no ataque promovido pela fac��o Comando Classe A (CCA) contra rivais do Comando Vermelho (CV). Assassinado na manh� de segunda-feira, 29, ele foi enterrado mais de 48 horas depois. "O corpo j� est� em decomposi��o", afirmou a esposa Sirleide Cardoso Pereira, de 41 anos.
Um vel�rio coletivo das v�timas do massacre chegou a ser planejado na Par�quia Nossa Senhora do Perp�tuo Socorro, mas apenas dois caix�es chegaram l� - ainda assim, era poss�vel sentir o odor atrav�s da madeira. "A funer�ria informou que as outras fam�lias desistiram por causa da situa��o dos corpos, que demoraram mais para sair", disse uma recepcionista.
At� a noite de quarta-feira, dia 31, 27 corpos haviam sido liberados do IML. Outros 31, entretanto, s� devem ser entregues �s fam�lias ap�s identifica��o por DNA. Desde o massacre, parentes se reuniram na frente do local para tentar reconhecer as vitimas e passaram tamb�m a reclamar da demora de atendimento.
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