A Justi�a de S�o Paulo determinou nesta sexta-feira, 2, que a gest�o Bruno Covas (PSDB) suspenda "o corte da vegeta��o e o in�cio das reformas" do Vale do Anhangaba� no centro da cidade. Para o jornal O Estado de S. Paulo prefeito disse estar seguro de que as obras ocorrem de forma regular.
A decis�o da ju�za Maria Fernanda de Toledo Rodovalho, da 16� Vara da Fazenda da capital, atende a um pedido da Associa��o Preserva S�o Paulo, que havia proposto a��o, noticiada pelo jornal O Estado de S. Paulo, questionando, entre outros pontos, a falta de audi�ncias p�blicas e discuss�es com a popula��o sobre as mudan�as propostas na arquitetura do vale.
A suspens�o � uma decis�o provis�ria e a Prefeitura pode recorrer. Ela ocorre com o Vale j� todo fechado por tapumes e com o piso portugu�s retirado. As obras, agora, ficar�o paradas at� nova decis�o.
O atual formato do Vale data da d�cada de 1980, quando o escrit�rio do arquiteto Jorge Weilheim foi contratado para tocar uma reforma na regi�o. Ele foi escolhido por concurso p�blico, que teve cerca de 90 inscritos.
O projeto tocado por Covas havia sido planejado na gest�o Fernando Haddad (PT), que recebeu, de doa��o do banco Ita�, um projeto do escrit�rio de arquitetura dinamarqu�s Gehl, um dos mais famosos do mundo.
A cr�tica da associa��o � que essa proposta n�o foi discutida em audi�ncias p�blicas. O debate teria ficado restrito ao corpo t�cnico da Prefeitura. Quando Covas decidiu dar continuidade, optou por assinar as ordens de servi�o antes de realizar novas audi�ncias.
Na a��o, o ponto mais combatido � a instala��o de chafarizes novos. O receio � que a �gua se transforme em foco de doen�as e, devido � falta de op��es para a grande popula��o de rua vivendo nas cercanias do Vale, passe a ser usado como banheiro.
Na noite desta sexta, em uma a��o justamente para acolher moradores de rua, diante da previs�o de frio intenso no fim de semana, Covas disse que "foram in�meras audi�ncias p�blicas feitas com a comunidade" e que "o projeto foi sendo alterado a partir dessas audi�ncias p�blicas". "Todos os tr�mites legais foram observados", afirmou o prefeito, ao falar que a procuradoria municipal ir� defender o caso na Justi�a para liberar a obra.
GERAL