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Estado de Minas GERAL

Chega ao Pa�s uso de micro-ondas contra o c�ncer


postado em 06/08/2019 12:01

No dia 16 de maio, a aposentada Alba Cristina do Nascimento, de 53 anos, foi a primeira paciente do Pa�s a ser submetida a uma t�cnica que utiliza micro-ondas para remover tumores. Indicada para c�nceres de f�gado, rim, pulm�o e ossos, a abla��o por micro-ondas � apontada como uma op��o para tratar les�es de forma menos invasiva e mais r�pida, reduzindo o tempo de interna��o e preservando a fun��o dos �rg�os que recebem o tratamento.

O procedimento foi realizado no Instituto do C�ncer do Estado de S�o Paulo (Icesp) e o m�todo j� demonstrou que alcan�a resultados semelhantes aos obtidos em cirurgias, mas sem remo��o de tecidos sadios. "Como trata os tumores com baixa invasividade, o paciente faz o tratamento e pode ir para casa no outro dia. Quem tem doen�a metast�tica muitas vezes, ap�s a cirurgia, precisa de tr�s meses de recupera��o", explica Marcos Menezes, coordenador-chefe do Servi�o de Radiologia do Icesp e presidente da Sociedade Brasileira de Radiologia Intervencionista e Cirurgia Endovascular (Sobrice).

A t�cnica � indicada para tumores de at� 3 cent�metros de di�metro. Ap�s um pequeno corte, a agulha que vai aquecer a les�o � inserida e guiada por ultrassom ou tomografia computadorizada. "No caso de micro-ondas, eleva-se a temperatura e ocorre a destrui��o do tumor. A 70 �C, 80 �C, qualquer tecido morre. E o organismo absorve isso na linha do tempo", diz Menezes. Desde 2009, o Icesp j� oferece tratamento semelhante, mas utilizando radiofrequ�ncia. De acordo com Menezes, a nova t�cnica tem a vantagem de ser mais r�pida. "Ela tem mais energia do que a radiofrequ�ncia. Para tratar uma les�o de 1 cm, a radiofrequ�ncia demora de 12 a 15 minutos. No micro-ondas, demora um minuto."
Dois pacientes j� realizaram o procedimento na unidade, ligada � Secretaria de Estado da Sa�de e � Faculdade de Medicina da Universidade de S�o Paulo, e outros 60 foram selecionados. "O impacto � trazer qualidade de vida para o paciente. Outra vantagem � preserva��o de fun��o do �rg�o."

Em luta contra o c�ncer desde 2014, Alba j� foi submetida � cirurgia por causa de um sarcoma na coxa direita (e precisou amputar o membro) e ao tratamento com radiofrequ�ncia para tratar uma les�o no pulm�o direito. "Ap�s a amputa��o, fiz 15 sess�es de quimioterapia e n�o tive mais sinal da doen�a. Depois de dois anos, apareceu um n�dulo no pulm�o, mas era muito pequeno. Voltei depois de seis meses e tinha aumentado. Fiquei bem preocupada em fazer cirurgia." Foi quando conheceu o novo procedimento. "Fiz em uma segunda-feira e parecia que eu n�o tinha feito nada. Se fosse antigamente, teria de abrir o peito."

Nesta �poca, j� havia uma pequena les�o no pulm�o esquerdo, que cresceu e tamb�m precisou de tratamento. "O segundo foi ainda mais sofisticado e mais r�pido. Estou na esperan�a de que esteja curada. Quero ver meus filhos se casando e quero ter netos. Eu amo a vida. Para mim, acordar de manh� e ver a luz do dia j� � felicidade."

Superintendente da Medicina Diagn�stica do Hospital S�rio-Liban�s, Cesar Nomura diz que a t�cnica de abla��o por micro-ondas j� est� consolidada na medicina oncol�gica h� mais de cinco anos. O hospital tamb�m come�ou a fazer o procedimento e quatro pacientes foram submetidos � t�cnica. O m�todo, segundo ele, abre possibilidades de tratar les�es em pacientes com mais de um tumor nos �rg�os que podem receber a t�cnica. "Se tiver um f�gado com les�es do lado direito e do esquerdo, � poss�vel tratar e, ap�s o procedimento, a fun��o hep�tica � mantida. � um tratamento para melhorar a qualidade de vida desse paciente e aumentar a expectativa de vida."

Sele��o

Mas nem todos os pacientes podem ser submetidos ao m�todo. "Depende do tamanho da les�o e da localiza��o. Ela (a t�cnica) est� contraindicada para les�es de f�gado em posi��es centrais, porque pode lesar a via biliar. Em pulm�o, n�o pode ser perto de br�nquios grandes", diz Menezes.

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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