Noruega � pais que explora petr�leo no �rtico e ca�a baleia, diz ministro

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, desqualificou as cobran�as que a Noruega tem feito �s mudan�as no Fundo Amaz�nia, principal programa do Pa�s de combate ao desmatamento. Em audi�ncia no Senado, Salles disse que a Noruega, que responde por 94% das doa��es de R$ 3,4 bilh�es para o fundo, possui passivos ambientais.

"A Noruega � o pais que explora petr�leo no �rtico, eles ca�am baleia. E colocam no Brasil essa carga toda, distorcendo a quest�o ambiental", declarou o ministro, ao comentar as negocia��es sobre o Fundo Amaz�nia. O programa est� parado desde que o governo declarou haver irregularidades na gest�o do fundo, apesar de a Noruega e a Alemanha terem afirmado que estavam satisfeitos com a gest�o do programa, feita pelo BNDES, e com a sele��o de seus projetos em andamento.

Os governo da Noruega e Alemanha ainda n�o se posicionaram oficialmente sobre o que ser� feito de suas doa��es atuais ou futuras para o Fundo Amaz�nia.

Salles disse que sua proposta � criar um comit� executivo que passa a analisar e fiscalizar as a��es do conselho consultivo do fundo. "N�o estamos nos tornando, nem de longe, esse patinho feio que interesses comerciais e midi�ticos t�m dito", afirmou.

Mais cedo, Salles esteve em audi�ncia na C�mara dos Deputados para tratar das quest�es ambientais. Houve bate-boca com parlamentares e Salles deixou a audi�ncia escoltado pela pol�cia legislativa.

O deputado Nilton Tatto (PT-SP) comparou o ministro ao um "bandeirante", disse que ele era um ministro da Agricultura e um "office-boy" de a��es contra a preserva��o do meio ambiente. Salles reagiu, houve confus�o com parlamentares da bancada ruralista e a sess�o foi encerrada.

Inpe

No Senado, o ministro disse ainda que a exonera��o de Ricardo Galv�o do cargo de diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) ocorreu porque o pesquisador teria divulgado informa��es midi�ticas alarmistas.

Segundo Salles, Galv�o deixou o cargo porque "colocou lenha na fogueira", em vez de ter agido com "bom senso".

O governo tem declarado que os dados oficiais s�o equivocados, mas ainda n�o apresentou nenhuma proposta efetiva que aponte quais seriam, ent�o, os dados que entende como corretos.