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Estado de Minas GERAL

Universidades federais dizem s� ter como pagar as contas at� setembro


postado em 09/08/2019 12:00

As universidades federais afirmam que todo o recurso previsto para ser liberado at� o fim do ano n�o � suficiente nem para pagar integralmente as contas e contratos que vencem em setembro. Algumas institui��es alertam que, sem a libera��o de mais dinheiro pelo Minist�rio da Educa��o (MEC), ter�o de suspender aulas ou atividades por n�o conseguir pagar, por exemplo, servi�os de vigil�ncia, limpeza e energia.

O or�amento previsto inicialmente para o custeio das universidades este ano era de R$ 6,25 bilh�es, mas em abril o MEC divulgou que iria bloquear 30% em um grande contingenciamento definido pelo governo. Quando foi anunciada a restri��o, o ministro Abraham Weintraub disse que a redu��o n�o afetaria as atividades, se os reitores fizessem economia e melhor gest�o dos recursos.

Das 63 federais do Pa�s, 37 responderam ao jornal O Estado de S. Paulo que adotaram medidas para cortar gastos, com revis�o de contratos e mudan�a em procedimentos internos, mas mesmo assim dizem que o valor que ainda t�m para receber do MEC � insuficiente para todas as despesas.

Esta semana, o MEC liberou para as universidades 5% do or�amento previsto no in�cio do ano. Com essa parcela, elas atingiram 58% de libera��o do or�amento originalmente previsto. Como 30% do recurso est� bloqueado, elas ainda t�m para receber este ano cerca de 12% do total original. Mas parte dessa verba de custeio n�o bloqueada (e ainda n�o liberada) est� reservada para assist�ncia estudantil - como bolsas, moradia, transporte. Enquanto isso, algumas das principais institui��es de ensino superior do Pa�s n�o sabem se conseguir�o manter as aulas normalmente no pr�ximo m�s. A Federal do Rio (UFRJ) diz que, como a redu��o foi anunciada ap�s o in�cio do ano letivo, houve pouca margem de economia. A institui��o est� com contas atrasadas h� dois meses e teme n�o conseguir pag�-las pelo terceiro m�s seguido, o que permitiria �s empresas encerrar servi�os.

Entre as contas atrasadas, est� o da empresa que faz vigil�ncia, limpeza, transporte e fornece alimenta��o. Segundo Eduardo Raupp, pr�-reitor de Planejamento e Finan�as da UFRJ, alguns fornecedores queriam suspender servi�os j� este m�s. "Conseguimos convenc�-los a ficar, mas sem que paguemos n�o h� negocia��o poss�vel. Se n�o pagamos, a empresa n�o tem dinheiro para pagar os sal�rios de vigias. Como garanto funcionamento sem vigil�ncia? N�o posso ter aula � noite sem garantir seguran�a a alunos, professores, funcion�rios."

Dificuldade antiga

Pr�-reitor da Federal do Pernambuco (UFPE), Thiago Neves explica que as universidades est�o h� tr�s anos com o or�amento de custeio no mesmo patamar - sem corre��o de infla��o. Por isso, diz, j� enfrentavam dificuldade financeira. "Os contratos s�o reajustados todos os anos, mas nosso or�amento � o mesmo. N�o h� margem, nosso dinheiro era pouco para todos os nossos compromissos, e com o bloqueio de 30% a situa��o ficou insustent�vel", argumenta.

A UFPE, segundo Neves, n�o tem dinheiro suficiente para pagar a conta de luz. Esta semana, a reitoria suspendeu o uso de ar-condicionado em seus tr�s c�mpus, em Recife, Vit�ria e Caruaru. O equipamento s� poder� ser ligado em laborat�rios de pesquisa ou locais com equipamentos que demandam refrigera��o. "Mesmo com economias desse n�vel, a conta n�o est� fechando. Precisamos urgentemente discutir o desbloqueio."

A Federal da Bahia (UFBA) tamb�m disse que o desbloqueio � necess�rio para ter atividades normalmente no pr�ximo m�s. Afirmou j� ter reduzido contratos de vigil�ncia, limpeza, portaria, manuten��o, suspendeu passagens a�reas e transporte terrestre e reduziu viagens para estudo de campo das gradua��es. A federal potiguar (UFRN) tamb�m informou que, se no pr�ximo m�s receber os mesmos 5% que vieram em agosto, n�o conseguir� pagar todos os contratos.

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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