A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e especialistas escolhidos por ela rebateram pesquisas que mostram a lideran�a mundial do Brasil no uso de agrot�xicos, a falta de seguran�a dos produtos usados no Pa�s e utiliza��o de defensivos proibidos em outros locais. "H� pesticidas que s�o usados aqui e n�o na Europa porque eles n�o t�m a mesma cultura. O Brasil n�o utiliza nada que n�o pode ser usado", disse ela.
Uma das pesquisas questionadas foi a do Instituto Butant�, revelada pelo Estado esta semana, que concluiu n�o haver dose m�nima totalmente n�o letal para defensivos usados na agricultura brasileira. Diretor da Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa), Renato Porto disse que dos dez agrot�xicos citados no estudo, sete s�o usados no mundo todo e, dos outros tr�s, um nunca foi autorizado no Brasil, outro foi proibido em 2017 e o terceiro tem uso restrito. "Estamos bastante equivalentes aos outros pa�ses."
O estudo do Butant�, encomendada pelo pr�prio Minist�rio da Sa�de, mostrou que mesmo quando usados em dosagens equivalentes a at� um trig�simo do recomendado pela Anvisa, os agrot�xicos s�o extremamente t�xicos ao meio ambiente e � vida. A pesquisa do Butant� usou a Plataforma Zebrafish - com a metodologia, considerada de refer�ncia mundial para testar toxinas presentes na �gua, com os peixes-zebra. Eles s�o 70% similares geneticamente aos humanos, t�m ciclo de vida curto (f�cil de acompanhar todos os est�gios) e s�o transparentes (vemos o que acontece no organismo do animal em tempo real).
Segundo os pesquisadores, quando n�o levam � morte, os defensivos causam anomalias. O Estado de S. Paulo n�o localizou os cientistas para comentar as declara��es do governo.
Professora da Universidade de Bras�lia (UnB) e especialista em toxicologia, Eloisa Caldas disse que n�o h� risco zero, mas que a rela��o de risco no consumo de alimentos � "extremamente baixa". Para ela, "ningu�m deve deixar de consumir alimentos por causa de pesticida".
GERAL