A �nica empresa conveniada ao governo de Portugal para emiss�o de vistos para brasileiros est� sendo acusada por estudantes de cobrar valores abusivos e desrespeitar prazos de conclus�o do processo. As reclama��es, relatadas ontem em reportagem do jornal Folha de S. Paulo, tamb�m foram confirmadas ao jornal O Estado de S. Paulo por dezenas de alunos.
Eles contam que a empresa VFS Global cobra taxas de servi�os que seriam opcionais sem avisar previamente sobre a cobran�a. Com isso, muitos s�o obrigados a pagar de R$ 700 a R$ 800 � empresa, quando os custos obrigat�rios informados nos sites da VFS e do consulado s�o de R$ 484 (R$ 400 pelo visto e R$ 84 pelo servi�o da empresa).
Dizem ainda que o prazo informado de 60 dias para emiss�o do visto ap�s a entrevista tem sido desrespeitado. H� casos o de estudantes que j� perderam passagens a�reas e n�o sabem se chegar�o a tempo do in�cio do curso.
� o caso da estudante Beatriz Fabril, de 25 anos, que foi aprovada para cursar Psicologia em uma faculdade portuguesa. Ela fez a entrevista no dia 12 de junho e, at� hoje, n�o recebeu resposta sobre o visto. A passagem para Portugal estava agendada para anteontem. "Perdi o dinheiro da minha passagem e a do meu marido porque n�o dava para remarcar, fora a reserva de hotel que eles exigem no momento do visto", conta.
Al�m disso, Beatriz foi obrigada a pagar R$ 688. "Eles inclu�ram taxas por aux�lio no preenchimento de formul�rio e pela checagem de documentos, coisas que a gente imaginava que estariam inclu�dos na taxa de servi�o de R$ 84", conta.
O produtor cultural J., de 28 anos, aprovado em um mestrado em Portugal, tamb�m teve de desembolsar quase R$ 700. "Paguei porque dependo deles para a emiss�o do visto e n�o queria arranjar confus�o, mas � abusivo", diz ele.
Sem informa��es nem retorno da empresa, os dois brasileiros n�o sabem se receber�o o visto at� a data de in�cio dos respectivos cursos, na segunda semana de setembro.
A reportagem enviou e-mail para a assessoria de imprensa da VFS Global e ligou no telefone de seu escrit�rio em S�o Paulo, mas n�o obteve resposta. A reportagem tamb�m n�o conseguiu contato com o Consulado de Portugal em S�o Paulo.
As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
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