Corpo do sequestrador do �nibus na ponte Rio-Niter�i � sepultado no Rio

Cerca de 50 pessoas acompanharam, na tarde desta quarta-feira, 21, o enterro de William Augusto da Silva, de 20 anos, que na ter�a-feira, 20, sequestrou, na ponte Rio-Niter�i, um �nibus com 39 pessoas que seguia de S�o Gon�alo (Regi�o Metropolitana do Rio) para o Rio de Janeiro. Ele foi morto por um atirador de elite da Pol�cia Militar, ap�s manter ref�ns por cerca de quatro horas. Ningu�m mais se feriu.

Silva foi enterrado �s 17h25, no cemit�rio Parque da Paz, em S�o Gon�alo. Nenhum familiar nem amigo da fam�lia quis conversar com a imprensa. O vel�rio e o enterro transcorreram sob muita como��o. A m�e e uma tia dele choravam compulsivamente, e a m�e precisou ser medicada. Ap�s o enterro, a tia insistia em permanecer ao lado da sepultura: "Ele tem que ir embora comigo. Eu vou cuidar melhor dele", repetia a mulher.

Segundo os ref�ns, o homem dizia apenas que queria "entrar para a hist�ria". A a��o toda, no entanto, parecia planejada, segundo as testemunhas. O sequestrador havia levado os potinhos de garrafa PET para colocar gasolina, barbante para amarrar os passageiros, coquetel molotov, al�m de uma faca, uma arma falsa e teaser.

"Ele s� falava que queria entrar para a hist�ria, que a gente ia entrar para a hist�ria e que teria muita hist�ria pra contar", disse o professor de Geografia Hans Miller, de 34 anos, que estava no �nibus. Segundo Miller, embora ele tenha pendurado os potes com gasolina por todo o �nibus, em nenhum momento ele amea�ou botar fogo no ve�culo.

Daniele Farias, de 38 anos, mulher de um outro ref�m, com quem manteve contato por mensagem durante todo o sequestro, contou uma hist�ria parecida. "Meu marido falou comigo o tempo todo, dizendo que estava tudo bem, que ele n�o estava amea�ando ningu�m, que estava calmo e que o que ele queria era parar a cidade, botar o terror", declarou Daniele.