Governo estuda veto a fogo em per�odo seco na Amaz�nia

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse nesta segunda-feira, 26, que o governo federal est� estudando baixar um decreto para proibir, com qualquer finalidade, o uso do fogo durante o per�odo seco no Pa�s. Segundo ele, o presidente Jair Bolsonaro e a Casa Civil estudam tecnicamente quais s�os as possibilidades jur�dicas para fazer isso.

De acordo com o ministro, apesar de j� ser uma possibilidade "bastante concreta", o decreto poder� ser restrito � �rea das unidades federais de conserva��o ambiental, pois h� d�vida sobre a legalidade de uma eventual medida que abrangesse tamb�m �reas municipais e estaduais. "Queremos fazer, mas precisamos ter fundamento jur�dico. O presidente quer fazer", disse no programa Roda Viva, da TV Cultura, onde foi entrevistado.

Ele foi questionado sobre o avan�o das queimadas na regi�o amaz�nica e a repercuss�o global sobre o assunto. O ministro voltou a ligar o aumento dos inc�ndios ao per�odo seco, dizendo que, historicamente, menos chuva representou crescimento nas queimadas. "Se voc� olhar o gr�fico dos �ltimos 15 anos, h� uma coincid�ncia entre volume de chuva e n�mero de queimadas", disse. Salles destacou que o governo � contra "qualquer atividade ilegal". "Talvez isso n�o tenha sido dito de forma mais expl�cita", pontuou.

Questionado sobre as declara��es do presidente que ligou ONGs �s queimadas, o ministro minimizou. "N�o podemos imputar ao presidente o rigor absoluto de saber tudo o que est� acontecendo. Precisamos ter atitude bastante objetiva de estabelecer o processo investigat�rio e encontrar quem foi o culpado. � uma atividade criminosa que precisa ser combatida."

Ele destacou tamb�m que a Pol�cia Federal atua na apura��o do caso e que deve abranger a apura��o do chamado "Dia do Fogo", suposta convoca��o para queimadas.

Policiamento

Indiretamente, o ministro cobrou maior participa��o dos Estados, sobre quem disse entender as dificuldades or�ament�rias. "Ao Par�, mandamos 12 of�cios pedindo apoio policial", declarou, esclarecendo que os pedidos n�o foram atendidos. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.