
A garota, que � a quarta mulher a acusar Marin�sio ap�s reconhec�-lo, j� havia registrado ocorr�ncia da viol�ncia sexual em julho. Na manh� desta ter�a-feira (27/8), compareceu � unidade policial para identific�-lo.
A m�e da adolescente contou que, no dia do crime, a jovem saiu do Parano� de �nibus at� a escola que frequenta, no Itapo�. Ela voltou para casa no fim do dia, ap�s a aula, e no in�cio da tarde retornou � regi�o de transporte p�blico. No contraturno da escola, ela � menor aprendiz na regional de ensino e atua como auxiliar administrativo.
Ainda de acordo com o relato da m�e, ao atravessar a rua, a adolescente foi abordada por Marin�sio, que estava em um Prisma vermelho, e n�o na Blazer cinza utilizada nos outros crimes. Armado com uma faca, ele obrigou a adolescente a entrar no carro. "Ele passou a tarde com ela, a estuprou, e, depois, a abandonou em uma �rea erma da cidade. Ainda chutou a perna dela para sair do carro e apertou o pesco�o da minha filha", contou a m�e, de 47 anos.
Sequelas psicol�gicas
A mulher recorda que a filha s� chegou em casa por volta das 16h. Ela chorava, mas n�o contou o que tinha acontecido. "Ap�s o epis�dio, minha filha parou de usar maquiagem, tentou tirar a pr�pria vida em 28 de maio e duas outras vezes, em junho e julho, quando finalmente disse o que aconteceu", disse a m�e.
Depois do crime, a adolescente faz tratamento psicol�gico e � acompanhada por uma equipe na escola. "N�s registramos ocorr�ncia ainda em julho e hoje (ter�a-feira) viemos na delegacia para reconhecer o homem que fez tudo isso", confirmou.
A adolescente toma tr�s rem�dios controlados pela manh� e tr�s � noite. "� um desespero. Minha filha tinha uma vida normal, estudava, trabalhava, se arrumava. Depois disso ela n�o quer nem tomar banho. Ficou com trauma. � muito triste tudo o que aconteceu com ela", frisou.
Segundo a m�e, a adolescente tem certeza de que � Marin�sio o homem que a estuprou. "Ela tem certeza, sem medo de errar. Quando ela a viu, come�ou a tremer, a chorar. Ela passou mal hoje na escola, precisou ser socorrida, e levada para casa", destacou.
Depois de ser preso e confessar os assassinatos da advogada Let�cia Curado e da auxiliar de cozinha Genir Sousa, Marin�sio foi apontado por quatro mulheres como o autor de ataques que elas sofreram. A primeira a acus�-lo procurou a pol�cia na segunda-feira (26/8) � noite. As outras tr�s — duas irm�s, que sofreram o ataque no �ltimo s�bado, um dia ap�s a morte de Let�cia — e a adolescente procuraram a pol�cia nesta ter�a.
Marin�sio foi preso na �ltma segunda-feira, depois de a Pol�cia Civil do DF coletar diversas provas que o ligavam � morte de Let�cia. Ele acabou confessando o crime, levou os policiais ao corpo da advogada e tamb�m revelou ter matado Genir. Ao se pronunciar sobre as mortes, Marin�sio confirmou que matou as duas mulheres e n�o disse por que cometeu os crimes. "Quando vi, j� tinha acontecido", afirmou.