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Estado de Minas GERAL

Um ano ap�s inc�ndio, Museu Nacional se prepara para reabrir parcialmente

Segundo o diretor da institui��o, Alexander Kellner, o museu deve estar completamente pronto em 2025


postado em 28/08/2019 13:30 / atualizado em 28/08/2019 14:39

(foto: AFP / Mauro Pimentel)
(foto: AFP / Mauro Pimentel)
Consumido por um inc�ndio h� um ano, o Museu Nacional passa por um processo de restaura��o e deve ter algumas salas reabertas ao p�blico em 2022 - e deve estar completamente pronto em 2025. A previs�o � do diretor da institui��o, Alexander Kellner. Ainda este ano, deve come�ar a restaura��o da fachada e do telhado. Em setembro do ano que vem, a expectativa � que comece a recupera��o do interior do pal�cio.

Em 2 de setembro de 2018, um domingo, um curto-circuito num aparelho de ar condicionado no t�rreo do Pal�cio S�o Crist�v�o, na Quinta da Boa Vista, no Rio, deflagrou um inc�ndio que consumiu durante seis horas boa parte do acervo do Museu Nacional. Institui��o museol�gica e de pesquisa mais antiga do Pa�s, o Museu Nacional tinha acabado de completar 200 anos - o anivers�rio foi em junho de 2018.

As chamas consumiram pelo menos 80% do acervo, um dos mais importantes da Am�rica Latina nas �reas de ci�ncias naturais e antropol�gicas. Algumas cole��es foram completamente perdidas, como a que reunia 12 milh�es de insetos. Os preciosos sarc�fagos e m�mias da cole��o eg�pcia tamb�m foram destru�dos pelas chamas, bem como uma parte significativa do material etnogr�fico de ind�genas brasileiros. O ic�nico trono do rei africano de Daom�, um presente recebido por D. Jo�o VI em 1811, n�o sobreviveu.

"A perda foi muito alta, maior do que esper�vamos", avalia Alexander Kellner, ao fazer um balan�o do preju�zo um ano depois da trag�dia. "Est� todo mundo muito chateado, perdemos muita coisa."

Mas, em meio � devasta��o, houve tamb�m boas not�cias. A pe�a mais preciosa do museu, o cr�nio de Luzia - o f�ssil humano mais antigo das Am�ricas, com 12 mil anos -, foi salva, com algumas escoria��es pass�veis de recupera��o. Ossos das m�mias eg�pcias foram recuperados, bem como amuletos feitos em metal que estavam nos sarc�fagos. Cer�micas ind�genas foram resgatadas e tamb�m f�sseis de animais pr�-hist�ricos e algumas pe�as de Pompeia e Herculano.

Os meteoritos que cruzaram a atmosfera para entrar na Terra tamb�m sobreviveram intactos �s chamas e ao calor. Entre eles, o Bendeg�, um dos maiores j� encontrados no Pa�s, que faz parte do acervo do museu desde 1888, por iniciativa de dom Pedro II.

Algumas cole��es, aproximadamente 15%, que n�o ficavam no Pal�cio S�o Crist�v�o, foram inteiramente preservadas. � o caso da bot�nica, de peixes, de mam�feros, de r�pteis, de anf�bios e da de plantas. Al�m da biblioteca de obras raras, que tamb�m n�o foi atingida.

Os trabalhos de garimpo nos escombros do inc�ndio seguem em ritmo acelerado: 50 salas j� foram completamente limpas; restando agora apenas 15 a serem garimpadas at� o fim deste ano. O telhado provis�rio j� foi instalado, para proteger o pr�dio das intemp�ries.


Recursos


Os R$ 16 milh�es liberados em car�ter de emerg�ncia pelo governo federal ap�s o inc�ndio j� foram aplicados: aproximadamente R$ 1 milh�o foram para a fachada; R$ 10 milh�es seguiram para o refor�o da estrutura interna do pr�dio e da cobertura; e os demais R$ 5 milh�es est�o destinados � Unesco, para a elabora��o do projeto executivo do restauro.

A doa��o mais substanciosa recebida pelo museu veio da Alemanha: um total de 230 mil euros (cerca de R$ 1 milh�o). Outros R$ 350 mil vieram por meio de doa��es para o SOS Amigos do Museu. As doa��es foram todas aplicadas no garimpo e resgate das pe�as dos escombros, segundo Kellner.

Al�m disso, a C�mara dos Deputados aprovou uma emenda parlamentar apresentada pelos representantes do Rio, destinando R$ 55 milh�es para a reconstru��o do museu. Desse total, R$ 43 milh�es j� foram liberados e aguardam licita��es por parte da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que � respons�vel pela administra��o do museu.


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