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Estado de Minas GERAL

N�o h� consenso sobre como fazer o debate da identidade de g�nero


postado em 04/09/2019 07:35

Enquanto alguns especialistas em educa��o destacam a import�ncia de debater a identidade de g�nero nas escolas, outros acreditam que o curr�culo deve focar em conte�dos "essenciais". J� grupos religiosos veem uma amea�a � fam�lia.

O governador de S�o Paulo, Jo�o Doria (PSDB), mandou recolher nesta ter�a-feira, 3, material did�tico de Ci�ncias para adolescentes de 13 anos da rede paulista que, segundo ele, fazia apologia � "ideologia de g�nero". A apostila tratava de diversidade sexual e explicava termos como "transg�nero" e "bissexual". Tamb�m na ter�a, o presidente Jair Bolsonaro disse ter determinado ao Minist�rio da Educa��o (MEC) que elabore um projeto de lei contra a "ideologia de g�nero" no ensino fundamental, que atende jovens de 6 a 14 anos.

Segundo a presidente executiva do Todos pela Educa��o, Priscila Cruz, a identidade de g�nero faz parte da rotina jovem e � importante "abrir espa�o para esse tipo de debate". Para ela, a grande dificuldade � preparar os professores. "N�o � a mesma coisa que ensinar equa��o do segundo grau. � preciso ter apuro pedag�gico." Por isso, ela diz compreender o receio de algumas fam�lias de que a discuss�o seja feita de modo exagerado e "passe dos limites do que � esperado da escola e tenha colis�o com os valores que elas acreditam". Esse exagero tamb�m � temido por movimentos como o Escola sem Partido.

Para Claudia Costin, pesquisadora da Funda��o Getulio Vargas (FGV) e ex-diretora do Banco Mundial, "informar que isso (identidade de g�nero) existe �, sim, papel da educa��o" e recolher livros seria algo "no extremo". Segundo ela, pa�ses como Inglaterra e Fran�a tamb�m incluem a identidade de g�nero na educa��o de seus jovens.

J� o ex-secret�rio executivo do MEC Jo�o Batista Ara�jo e Oliveira tem d�vidas sobre a necessidade dessa elabora��o nos col�gios. "O curr�culo e o livro did�tico deveriam se concentrar em quest�es essenciais para a forma��o das pessoas, isso deveria estar definido em curr�culo. Se bem feito, dificilmente incluiria essas quest�es."

Religi�o

A bancada evang�lica, por sua vez, celebrou a proposta de Bolsonaro. "Parab�ns. Essa quest�o de g�nero j� foi derrotada pelo Congresso em 2013", afirmou um dos l�deres do grupo, o deputado S�stenes Cavalcante (DEM-RJ). Durante a Marcha para Jesus em Bras�lia, no dia 10, o presidente ressaltou que ideologia de g�nero "� coisa do capeta". "Fam�lia � homem e mulher." Da mesma forma, desde os anos 1990 a Igreja Cat�lica critica essa linha. Neste ano pela primeira vez o Vaticano lan�ou texto a respeito: "Homem e Mulher os Criou". J� o papa Francisco ligou a defesa do termo � "guerra global" contra a fam�lia. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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