De fora, os aplausos e o vaiv�m de empres�rios e autoridades no Museu do Ipiranga chamaram a aten��o de quem foi ao Parque da Independ�ncia neste s�bado, 7, na zona sul de S�o Paulo. Os mais curiosos se aproximavam e perguntavam se era poss�vel visitar o espa�o, no que eram respondidos com um "� evento fechado".
O evento em quest�o era a cerim�nia de autoriza��o do in�cio das obras de restauro, reforma e amplia��o do museu, fechado desde agosto de 2013. O an�ncio foi feito � imprensa em frente ao edif�cio pelo governador Jo�o Doria (PSDB), que usava um bon� branco com os dizeres "Novo Museu do Ipiranga".
Segundo Doria, as obras ser�o iniciadas "nesta semana" e conclu�das at� 7 de setembro de 2022, bicenten�rio da independ�ncia do Pa�s. Ele disse mais uma vez que os R$ 140 milh�es necess�rios para o restauro do museu e do parque foram obtidos integralmente com a iniciativa privada, em parte por leis de incentivo � cultura. Tamb�m ressaltou que est�o assegurados recursos privados para melhorias no Parque da Independ�ncia e a despolui��o do C�rrego do Ipiranga.
No an�ncio, o governador afirmou que a Universidade de S�o Paulo (USP) continuar� com a gest�o do museu ap�s a reabertura, mas "sem nenhum dinheiro p�blico". "O museu tem que ser autossuficiente, n�o pode ser um museu sustentado pelo governo. Ele tem que seguir o mesmo padr�o dos museus americanos, onde com ingresso, com eventos, com loca��o de �reas fora do uso regular e com os direitos autorais tamb�m, ele possa ser sustent�vel."
A reforma e restauro internos e a constru��o de um subsolo com a nova entrada pelo Parque da Independ�ncia est�o or�ados em R$ 120 milh�es. O projeto prev� acesso ao museu por duas escadas rolantes e um elevador. Outros R$ 40 milh�es dizem respeito a mobili�rio, revestimento, equipamento de seguran�a, sinaliza��o e outros.
Doria critica Crivella
Na ocasi�o, o governador tamb�m declarou que o prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), "exagerou" ao determinar o recolhimento do HQ Vingadores - A Cruzadas das Crian�as, que traz um beijo entre dois personagens masculinos. "Foi al�m do que poderia ter ido, mas n�o deixo de respeit�-lo", disse Doria, que n�o quis usar o termo censura.
Doria alegou que a situa��o n�o pode ser comparada ao recolhimento de livros did�ticos que determinou na rede estadual de Educa��o, anunciado na ter�a-feira, 3. O material trazia um texto sobre diversidade sexual e de identidade de g�nero. "Aquilo contrariava o curr�culo no Estado de S�o Paulo", disse o governador.
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GERAL
Doria anuncia in�cio das obras de restauro do Museu do Ipiranga
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