Mulher � morta pelo ex-marido na frente dos filhos na zona sul de SP

Uma mulher foi assassinada a tiros pelo ex-marido na frente dos dois filhos dela, na regi�o do Cap�o Redondo, zona sul de S�o Paulo, na madrugada desta ter�a-feira, 10. O suspeito foi preso. Segundo informa��es preliminares da Pol�cia Militar, Rafael Augusto de Souza Orgelio, de 28 anos, efetuou disparos contra Taynara Cristina dos Santos, de 30, ap�s uma discuss�o. Ele n�o aceitava o fim do relacionamento.

O ex-marido teria amea�ado a ex-companheira e apontado a arma contra uma das crian�as. Taynara, ent�o, jogou-se para proteger o filho e foi atingida no peito. O crime aconteceu por volta de 0h30.

A Secretaria da Seguran�a P�blica (SSP) do Estado de S�o Paulo informou que uma equipe da PM foi acionada para atender a ocorr�ncia e, no local, encontrou a porta da resid�ncia aberta e Taynara ca�da com ferimentos graves.

Ela foi socorrida e levada ao pronto-socorro do Hospital Municipal do M'Boi Mirim, tamb�m na zona sul, mas n�o resistiu aos ferimentos e morreu.

Testemunhas contaram que o autor do crime fugiu a p�. "Ap�s intensificar o patrulhamento, o criminoso foi encontrado e preso", disse a SSP, em nota. A secretaria afirmou que Orgelio admitiu o crime. Segundo ele, a arma usada no assassinato, um rev�lver calibre 38, foi jogada em um rio. A pol�cia n�o encontrou o objeto.

Orgelio foi autuado em flagrante e conduzido ao 47� Distrito Policial (Cap�o Redondo), onde o caso foi registrado como feminic�dio, isto �, assassinato de mulher por viol�ncia dom�stica ou discrimina��o de g�nero. A pol�cia solicitou exame residuogr�fico a Orgelio, per�cias no local do crime.

Aumento nos casos

Dados do governo de S�o Paulo apontam que foram registrados 54 casos de feminic�dio entre janeiro e abril deste ano. O �ndice representa um aumento de 54,2% em rela��o ao mesmo per�odo de 2018, quando haviam ocorrido 35 notifica��es do crime no Estado.

Em resposta, a gest�o Jo�o Doria (PSDB) iniciou uma campanha publicit�ria para tentar frear as mortes, mas afirmou que s� deve voltar a expandir as Delegacias de Defesa da Mulher (DDMs) que funcionam 24 horas a partir de 2020, por falta de delegadas mulheres.

Em uma pe�a publicit�ria com 30 segundos de dura��o, aparecem tr�s casos reais de viol�ncia: uma v�tima que teve a m�o cortada pelo marido; outra mulher que teve o rosto desfigurado; e uma mulher que foi espancada e teve a casa incendiada pelo ex. "Feminic�dio: repudie, denuncie", diz a pe�a.