
Os dados deste levantamento, que inclui 1396 universidades de 92 pa�ses e regi�es, foram divulgados nesta quarta-feira, 11. A l�der � a Universidade de Oxford, do Reino Unido, que j� ocupava o topo no ano anterior. A USP est� na posi��o 251-300 (ap�s o 200º lugar, as institui��es s�o classificadas em faixas), a mesma do ano passado. A segunda brasileira melhor classificada � a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que ficou na faixa 501-600, mas recuou em rela��o ao ranking anterior, em que estava no bloco 401-500. Entre as outras brasileiras listadas, a maioria s�o institui��es p�blicas.
O Chile, segundo melhor pa�s latino-americano no levantamento, tem 18 representantes. J� entre as na��es emergentes, o destaque vai para a China. Segundo a revista, a �sia tem aumentado sua relev�ncia no ranking, amea�ando a predomin�ncia dos Estados Unidos e da Europa. O levantamento THE � constru�do com base em 13 indicadores de desempenho, que consideram fatores como ensino, pesquisa, cita��es em revistas cient�ficas, registro de patentes e internacionaliza��o.
A editora do ranking da THE Ellie Bothwell classificou como "conquista" o fato de o Brasil ter avan�ado em rela��o ao ano anterior em n�mero de representantes. "No entanto, � lament�vel que todos os novos registros (as institui��es que entraram na lista) do Brasil estejam fora do top 1000 e que v�rias outras estejam fora da tabela. As constantes quest�es de financiamento e a falta de uma estrat�gia de ensino superior n�o ajudam a solucionar este problema", afirmou. "O ensino superior global est� se tornando um campo cada vez mais competitivo, � medida que as institui��es asi�ticas continuam a crescer e o Brasil ter� de trabalhar mais para fazer avan�os positivos na tabela. Para tal, a crescente hostilidade do governo atual em rela��o � educa��o superior inspira pouca confian�a", destacou Ellie.
Desde abril, os bloqueios de verba das universidades federais e da p�s-gradua��o t�m motivado cr�ticas e protestos contra a gest�o Bolsonaro. Segundo professores, cientistas e alunos, a falta de recursos pode paralisar pesquisas e fazer com que talentos abandonem a academia ou migrem para o exterior. Nas federais, isso j� afeta as atividades acad�micas, com suspens�o de interc�mbios, transporte e at� de ar-condicionado. O governo federal justifica os contingenciamentos or�ament�rios por causa do cen�rio de restri��o fiscal e afirma que a prioridade at� 2022 ser� investir na educa��o b�sica.
Procurado pela reportagem para comentar as cr�ticas, o MEC, por enquanto, n�o se manifestou.