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Estado de Minas GERAL

Peritos levam pe�as de gerador do hospital Badim para apurar causa do fogo


postado em 14/09/2019 15:58

Dois dias ap�s o inc�ndio no Hospital Badim, na zona norte do Rio de Janeiro, as investiga��es sobre as causas da trag�dia que deixou 11 mortos ainda s�o inconclusivas. Peritos e a Pol�cia Civil deixaram o hospital por volta das 10h30 deste s�bado (14), levando bolsas com material e pe�as recolhidos no local, ap�s cerca de duas horas de trabalho.

A investiga��o se concentrou no subsolo do pr�dio, onde est� o gerador apontado como foco inicial do inc�ndio a partir da an�lise de c�meras de seguran�a.

"Foi terminada a per�cia, mas vamos preservar o gerador porque temos que retirar uma pe�a para fazer o teste de bancada e somente (ser� poss�vel) com a ajuda da empresa que faz a manuten��o, que tem as ferramentas adequadas", disse o delegado titular da 18� Delegacia de Pol�cia, Roberto Ramos, que conduz as investiga��es.

Segundo o delegado, ser� feito um estudo mais aprofundado para saber como foi feita a manuten��o do gerador e o que provocou o inc�ndio.

"A gente pode falar preliminarmente que o problema foi no gerador", refor�ou.

Uma s�rie de quest�es sobre o epis�dio continuam sem resposta. Entre outras coisas, os investigadores ter�o de descobrir como a fuma�a se espalhou pelos andares do pr�dio, por que motivo o exaustor n�o jogou essa fuma�a para fora, se havia sa�das de emerg�ncia, rotas de fuga e se o plano de evacua��o emergencial foi devidamente executado.

Outra preocupa��o da Pol�cia Civil � evitar eventuais vazamentos de material t�xico ainda presente no pr�dio do hospital.

"Estamos colhendo informa��es com todos os t�cnicos e m�dicos, sabendo quais aparelhos ainda est�o l� pra n�o ter possibilidade de um vazamento de material t�xico", explicou.

Ainda n�o h� data certa para o retorno dos peritos ao local com os t�cnicos. Nesta sexta-feira (13), o calor e a fuma�a excessivos no local estavam dificultando os trabalhos dos agentes, informou a Pol�cia Civil.

O subsolo tamb�m estava alagado pela a��o dos bombeiros para apagar o fogo e sem ilumina��o adequada, o que levou os trabalhos a serem interrompidos e retomados na manh� deste s�bado.

O pr�dio do Hospital Badim continua interditado pela Defesa Civil por motivos de seguran�a, assim como outros im�veis no entorno. O cen�rio ainda remete ao caos da noite de quinta, com colch�es, len��is e lixo espalhados na frente do hospital.

Fotos obtidas pela TV Globo mostram a destrui��o no interior do pr�dio, tomado por fuligem, sujeira e leitos desarrumados. No antigo Centro de Tratamento Intensivo (CTI), restaram apenas ferros retorcidos. A sala do tom�grafo foi completamente destru�da.

Pelo menos seis das 11 v�timas fatais do inc�ndio est�o sendo sepultadas neste s�bado, no Rio:

Luzia dos Santos Melo, de 88 anos;
Virgilio Claudino da Silva, de 66;
Irene Freitas, de 83;
Darcy da Rocha, de 88;
Marlene Menezes Fraga, de 85;
Maria Alice Teixeira da Costa, de 75.

A primeira v�tima enterrada na manh� deste s�bado foi Luzi, maranhense que morava em Cascadura e deixou cinco filhos vivos. O funeral aconteceu �s 10 horas no Cemit�rio do Caju.

Em depoimento ao Estado, nesta sexta, Emanuel Ricardo dos Santos Melo, que estava com a m�e no hospital, disse que os bombeiros n�o permitiram que ele acompanhasse a m�e a partir de um dado momento e responsabilizou o hospital.

"O Badim n�o falava coisa com coisa, a Defesa Civil muito menos. Com certeza a morte dela poderia ter sido evitada. Foi um assassinato, houve neglig�ncia do hospital", afirmou.

De um total de 103 pessoas que estavam internadas no Hospital Badim na noite da trag�dia, 77 foram transferidas para outros 12 unidades de sa�de da cidade.

Acompanhante da idosa Maria Alice Teixeira da Costa, que morreu no inc�ndio, Gigiani dos Santos continua internada no Quinta D'Or. Ela tentou escapar por uma corda improvisada na janela, mas acabou caindo e quebrou os dois tornozelos.

"Eu fiquei olhando e vi o bombeiro chegando para socorrer, mas a� eu j� n�o sei mais onde ela estava, a dona Maria Alice. Me tiraram de l� e n�o sei onde ela ficou. Sei que ela estava no quarto com outras pessoas. Eu desci para pedir ajuda, jamais ia deix�-la sozinha", disse, ao choro, Gigiani em depoimento � TV Globo.


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