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Estado de Minas GERAL

Cantando pela vaga no 'Olimpo' do karaok�


postado em 15/09/2019 08:57

Quem nunca subiu em um palco sob os aplausos e a algazarra et�lica dos amigos? Quem nunca fechou os olhos para se concentrar ou sentir a can��o tomar conta da pr�pria alma? Quem nunca cantou Evid�ncias com o cora��o saindo pelo gog� e o amor pr�prio se esvaindo pelo suor? "Diz que � verdade, que tem saudade/ Que ainda voc� pensa muito em mim/ Diz que � verdade, que tem saudade/ Que ainda voc� quer viver pra mim..."

A diferen�a � que algumas pessoas est�o se entregando �s del�cias do karaok� de uma forma s�ria, sem fanfarronices, e com um objetivo claro: ganhar o Campeonato Mundial da categoria, o Karaoke World Championships (KWC). A final da etapa nacional acontece hoje, 15, na pra�a de alimenta��o do Shopping Boulevard Tatuap�, �s 16 horas. Os dois primeiros colocados v�o representar o Brasil na grande final - que este ano acontece entre os dias 27 e 29 de novembro, no Jap�o.

Os 41 finalistas brasileiros passaram por etapas regionais. Entre as m�sicas mais cantadas est�o Shallow (vers�o original, com a Lady Gaga), Como Nossos Pais (m�sica de Belchior, eternizada por Elis Regina), v�rias do repert�rio da banda Queen (provavelmente na onda do sucesso recente do filme sobre a hist�ria do grupo) e, claro, a j� citada - e sempre entoada - Evid�ncias (cl�ssico de Chit�ozinho e Xoror�). O vencedor da final ganha uma agenda internacional de apresenta��es por um ano e uma quantia de dinheiro n�o divulgada.

"Os candidatos ser�o avaliados pela voz, t�cnica, presen�a de palco e talento art�stico (que pode ser traduzido como performance/simpatia)", enumera a produtora do KWC, Izabel Nori, de 25 anos. Apesar da tradi��o e de um grande n�mero de candidatos descendentes de japoneses, a competi��o foi criada pelos finlandeses. O Brasil participa da KWC desde 2015. Nossa melhor coloca��o foi em 2016 com Bruna Higashi, que pegou um 3.� lugar na categoria feminina - hoje n�o h� mais divis�es entre homens e mulheres.

Candidatos

As �ltimas semanas foram intensas para os competidores. A maioria usa o tempo livre para ensaiar em casa ou mesmo visitando karaok�s em hor�rios estrat�gicos para n�o enfrentarem a concorr�ncia dos que est�o l� apenas para curtir a happy hour. Esse � o caso de Victor Hugo, de 26 anos, que chega �s 19 horas no karaok� Samurai, um dos mais tradicionais do bairro Liberdade, no centro, para n�o enfrentar a concorr�ncia dos curiosos.

Hugo trabalha com com�rcio exterior, mais especificamente com exporta��es para a China. Ele costuma brincar dizendo que "negocia venda de tit�nio com a China durante o dia e � noite coloca a sua alma em can��es nos karaok�s". Para a final nacional, Hugo vai interpretar Grace Kelly (Mika) e Killing me softly (sucesso com Roberta Flack). "Acho que para a competi��o voc� precisa apresentar algo que saia do convencional, que mostre algo diferente."

Vida musical

J� a cabeleireira Cristina de Souza Barbosa, de 48 anos, n�o deixa de ensaiar mesmo durante o expediente. "Algumas clientes e colegas de trabalho pedem para eu cantar um pouco", disse. Para Cristina, a m�sica "� um estado de esp�rito". "� algo que eu fa�o todas as semanas com os amigos, algo que me d� muita alegria. Para mim, m�sica � vida."

Al�m de cantar em casa, Cris vai toda semana ao Marlon Karaok�, na zona leste. Entre as can��es escolhidas por ela est� I Wanna Love Forever, interpretada por Jessica Simpson. "Quero muito conhecer o Jap�o. Por isso, escolhi m�sica dif�cil. � para tentar ganhar mesmo."

Como se v�, a competi��o � para amadores. Mas Andr� Takaeda, de 33 anos, disse j� ter passado perto do profissionalismo, quando na inf�ncia participou de um grupo musical. Apesar de nutrir o sonho de cantar para multid�es, a responsabilidade fez com que ele se dedicasse a sua pastelaria. "O Jap�o est� para o karaok� assim como o queijo est� para a goiabada. Canto desde pequeno como forma de relaxamento", conta Takaeda.

Uma das m�sicas que ser� defendida por Takaeda � um sucesso rom�ntico latino na voz de Alejandro Sans, Y Si Fuera Ella. "Cantar � como qualquer outra atividade. Tem de praticar muito. Quando vou ao karaok�, tento me divertir como todo mundo e n�o pensar muito na t�cnica", disse. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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