Domingos In�cio Braz�o pavimentou sua trajet�ria pol�tica nos sub�rbios e na zona oeste do Rio. Foi em alguns dos bairros mais pobres e afastados do centro que o hoje conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado conseguiu os votos que lhe deram o primeiro mandato, de vereador, em 1996. Em abril de 2015, foi eleito conselheiro do TCE - cargo vital�cio, com garantias semelhantes �s que protegem os magistrados do Judici�rio -, com 61 votos.
Ele foi posto no centro do caso Marielle Franco nesta ter�a-feira, 17, depois que a procuradora-geral da Rep�blica, Raquel Dodge, em seu �ltimo dia no cargo, o denunciou por supostas obstru��es nas investiga��es do assassinato. Um relat�rio da Pol�cia Federal aponta seu nome como "principal suspeito de ser autor intelectual" do crime.
At� hoje mant�m, por�m, influ�ncia pol�tica, por meio dos irm�os Chiquinho Braz�o, deputado federal pelo Avante, e Pedro Braz�o, deputado estadual pelo PR. Em elei��es passadas, chegou a emprestar o sobrenome a outros candidatos sem parentesco com ele. Outras acusa��es recorrentes s�o de liga��o com mil�cias, que atuam em bairros onde tem muitos votos.
Pol�mico, j� admitiu ter matado um homem em 1987. O processo ficou parado e subiu para o Tribunal de Justi�a em 2000 (depois que se tornou deputado estadual). Em 2002, a Corte Especial rejeitou a condena��o. "A Justi�a me deu raz�o", teria dito na Alerj.
Em 29 de mar�o de 2017, veio a queda. Ele foi um dos alvos de opera��o que prendeu e afastou cinco conselheiros do TCE acusados de corrup��o. Na vida pol�tica, � temido. Advers�rios relatam supostas amea�as, que ele nega.
'Sensacionalismo'
O advogado Ubiratan Guedes, que defende Domingos Braz�o, afirmou estar na Espanha a trabalho e disse que s� vai se manifestar sobre a den�ncia contra seu cliente ap�s ler o documento. Ele retorna ao Brasil na noite da pr�xima ter�a-feira, 24, ou na manh� de quarta, 25. Para o advogado, no entanto, Raquel Dodge est� fazendo "sensacionalismo".
"Ela est� fazendo muito sensacionalismo com a coisa. � um movimento pol�tico que interessa a ela, e ela est� fazendo sensacionalismo. O Minist�rio P�blico n�o tem que amea�ar que vai fazer, ele faz ou n�o faz. H� dias essa ilustre procuradora est� anunciando que vai fazer, vai fazer... � o sensacionalismo. Vamos esperar acontecer", afirmou o advogado.
GERAL