Mega-Sena: entenda como aumentar suas chances de ganhar
Na semana em que um grupo de assessores do PT faturou R$ 120 milh�es na principal loteria do pa�s, o Estado de Minas conversou com um matem�tico para entender quais s�o as reais chances de tirar a sorte grande
� matematicamente comprovado: ganhar na Mega-Sena com aposta feita em bol�o � mais f�cil que enriquecer a partir de uma aposta simples. Na semana em que um grupo deassessores do PT faturou R$ 120 milh�esna principal loteria do pa�s, o Estado de Minas conversou com um matem�tico para entender quais s�o as reais chances de tirar a sorte grande.
O que a ci�ncia dos n�meros tem a nos dizer n�o � t�o animador. A probabilidade de voc� acertar os n�meros premiados com um bilhete de seis dezenas � uma em 50 milh�es, enquanto a chance de ser atingido por um raio � uma em 1,5 milh�o. Ou seja, � 33 vezes mais f�cil um raio cair na sua cabe�a que voc� escalar os degraus da riqueza.
Saiba que tamb�m � mais prov�vel conseguir ser canonizado. As chances de se tornar um santo � de uma em 20 milh�es. “Se uma pessoa jogar durante 50 anos em todos os sorteios da Mega-Sena, ela teria participado de 5 mil sorteios. Neste per�odo, ela pode ganhar uma, duas, tr�s, 100 vezes, mas a chance de jamais ganhar na Mega-Sena em 50 anos � na ordem de 99,99%”, explica Gilcione Nonato Costa, matem�tico da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Mas, seja otimista. Voc� j� conseguiu um feito mais dif�cil do que ganhar na loteria: nascer. A chance de fecunda��o � uma em 300 milh�es, aproximadamente seis vezes mais dif�cil que ser premiado. Mas, como somos seres esperan�osos, nos apegamos ao 0,01% de chance de ganhar. Ent�o, vamos entender como a matem�tica pode ajudar a calibrar a pontaria da sorte.
Tr�s perguntas para Gilcione Nonato Costa, matem�tico da UFMG
Jogar no bol�o aumenta as chances de ganhar na loteria?
Quando uma pessoa faz uma aposta simples, ela vai ter a chance de uma em 50 milh�es. Se ela forma um grupo de 10 pessoas, cada um gastando R$3,50, passaria de 1 em 50 milh�es para 1 em 5 milh�es. Ent�o o bol�o realmente aumenta suas chances.
Jogar os n�meros mais sorteados � uma boa t�tica?
N�o, n�o aumenta. A longo prazo, seria mais indicado escolher os menos sorteados porque esses vai se ter certeza que um dia v�o sair para equilibrar o jogo. Mas esse a longo prazo pode significar toda a sua vida.
� melhor apostar toda semana ou investir tiro em concurso s�?
Se uma pessoa joga uma aposta simples a cada sorteio, ent�o ela gastaria por ano em torno de R$ 350. Se essa pessoa jogasse esta mesma quantia em um �nico sorteio, ela teria muito mais chances. Isso se deve porque ele acumula todas as possibilidades em um �nico sorteio.
A primeira loteria do Brasil surgiu em Minas
A primeira loteria brasileira foi criada em Vila Rica, atual Ouro Preto, em 1784. Com o dinheiro, constru�ram a primeira Casa de Com�rcio e a cadeia de Vila Rica. J� naquela �poca, a aposta se popularizou e foi preciso estabelecer um regulamento. As regras foram oficializadas em 27 de abril de 1844, por dom Pedro II.
Com o avan�ar das d�cadas e das apostas, o governo federal viu a oportunidade de controlar esse servi�o. Em 1961, J�nio Quadros determinou que o governo fosse o respons�vel por todas as loterias e apostas no pa�s. Um ano depois surgiu a primeira loteria vendida pela Caixa. Muitos cassinos e casa de jogos fecharam as portas depois disso.
O primeiro sorteio da Mega-Sena foi realizado em 11 de mar�o de 1996. A promessa da �poca era que o ganhador levasse a bolada de R$ 1,7 milh�es. O primeiro ganhador teve seu bilhete da sorte comprado na cidade de Salvador (BA).
Para onde vai o dinheiro da Mega-Sena?
O valor arrecadado com o concurso da Mega-Sena n�o vai totalmente para o ganhador. O pr�mio bruto corresponde a 46% da arrecada��o. E, dessa porcentagem, a maior parte vai para os acertadores dos seis n�meros sorteados, a sena. A outra parcela � distribu�da para os acertadores da quina, quadra e outras modalidades do pr�mio.
Os outros 54% da arrecada��o s�o repassados ao governo federal para investimento. Segundo a Caixa, s�o aplicados nas �reas da sa�de, educa��o, seguran�a, cultura e esporte. * Estagi�ria sob supervis�o do subeditor Rafael Alves