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Estado de Minas GERAL

Jovens v�o �s ruas em defesa do planeta


postado em 21/09/2019 08:29

Cerca de 4 milh�es de jovens foram �s ruas de mais de 130 pa�ses nesta sexta-feira para exigir que os l�deres pol�ticos adotem medidas urgentes para interromper as mudan�as clim�ticas, unindo-se em um protesto mundial inspirado pela ativista sueca Greta Thunberg, de 16 anos.

Alarmados com as imagens das camadas de gelo da Groenl�ndia derretendo e as florestas da Amaz�nia em chamas, estudantes e trabalhadores abandonaram escolas, lojas e escrit�rios em quase todos os cantos do mundo, incluindo o Brasil, com o objetivo de impedir o que consideram uma cat�strofe ambiental iminente. Os protestos come�aram nas ilhas do Pac�fico, onde o aumento do n�vel do mar amea�a o modo de vida, e seguiram o nascer do sol em Austr�lia, Jap�o, sudeste da �sia at� Europa, �frica, Oriente M�dio e Am�ricas. Manifestantes na Tail�ndia invadiram o Minist�rio do Meio Ambiente e simularam a morte, enquanto ativistas em Berlim e Munique reencenaram o enforcamento, de p� em blocos de gelo com la�os no pesco�o, para simbolizar a morte quando as calotas polares derreterem.

Multid�es invadiram ruas de Manhattan, com gritos de "Salvem nosso planeta!", enquanto esperavam um discurso de Greta, �s v�speras da c�pula clim�tica da Organiza��o das Na��es Unidas, que come�a na segunda-feira. "Neste momento somos n�s que estamos fazendo a diferen�a. Se ningu�m mais agir, ent�o o faremos", disse a sueca, em Nova York, em um parque com vista para a Est�tua da Liberdade.

Ontem, os atos j� colhiam resultados. O governo da Alemanha anunciou um plano para combater a mudan�a clim�tica com investimentos at� 54 bilh�es de euros em energia, transporte, constru��o, inova��o e desenvolvimento. O objetivo � alcan�ar at� 2030 uma redu��o de 55% das emiss�es de CO2 (em rela��o a 1990), em linha com o que foi estipulado dentro da Uni�o Europeia.

No Brasil

Em S�o Paulo, manifestantes se reuniram na frente do Museu de Arte de S�o Paulo (Masp), na Avenida Paulista. A preserva��o da Amaz�nia foi uma das principais bandeiras dos manifestantes. E, como alvo de cr�ticas, estavam o presidente Jair Bolsonaro e o l�der americano Donald Trump. O ato contou at� com um grupo de crian�as do conselho mirim da C�mara Municipal, que re�ne alunos de escolas p�blicas e particulares. "Sinto que preciso ter essa responsabilidade. Em casa, separo o lixo e evito usar materiais pl�sticos", disse Gustavo Oliveira Antunes, de 14 anos. Barbara Moreira, de 11, disse que era preciso preservar o planeta e citou a ativista Greta como inspira��o. "Ela � incr�vel, vai ajudar a fazer um mundo melhor", disse, entusiasmada por estar na manifesta��o.

Quem tamb�m se inspira na sueca � o estudante Arthur Prado, de 14 anos. Incentivado por um professor a escrever uma biografia, escolheu a ativista como personagem. "Vi que, assim como ela, podemos chamar a aten��o das autoridades para a quest�o do clima", disse, acompanhado da m�e e do irm�o Francisco, de 7 anos.

Em outras cidades, como Rio Bras�lia, Belo Horizonte e Recife, tamb�m ocorreram manifesta��es ontem. Na capital federal, o protesto contou com a participa��o da ativista Odenilze Ramos, de 22 anos, l�der do movimento Somos Filhos da Floresta. "A Amaz�nia n�o � minha causa, � minha casa, n�o posso deixar de defend�-la", disse.

Odenilze mora em Manaus, onde estuda Gest�o P�blica, mas sua fam�lia � da comunidade ind�gena do Car�o, a 70 km de Manaus, dentro de uma reserva de desenvolvimento sustent�vel. "Precisamos agir para reverter a crise ecol�gica."


'Nosso futuro est� sendo tirado', alerta Greta

"Porque parece que voc� precisa se lembrar de como gelo derretendo se parece." A frase enigm�tica em um cartaz puxou o olhar da rep�rter para cima, que viu um bloco de gelo, pendurado numa estaca, derretendo no calor de quase 30�C que fez em Nova York nesta sexta-feira. O protesto solit�rio do italiano radicado nos Estados Unidos Lorenzo Fonda, de 40 anos, se somou ao de cerca de 250 mil pessoas - segundo estimativa dos organizadores - que se manifestaram pelas ruas da cidade para pedir a��es urgentes de governantes contra as mudan�as clim�ticas.

Os atos foram o �pice de um movimento que come�ou em agosto do ano passado com Greta Thunberg, ent�o com 15 anos, que, indignada com o que aprendia sobre mudan�as clim�ticas, resolveu ela mesma tomar uma a��o.

Passou, ent�o, a fazer greve escolar todas as sextas-feiras para ir � frente do Congresso em Estocolmo e pedir que os l�deres do pa�s tomassem medidas concretas para evitar que o planeta sofra consequ�ncias ainda piores do que as que j� est�o ocorrendo. O protesto silencioso dela logo se transformou em um movimento mundial e bem barulhento - as chamadas "Fridays for Future".

"Por que estudar por um futuro que est� sendo tirado de n�s? Um futuro que est� sendo roubado para que alguns lucrem", disse ela nesta sexta, em um palanque montado no Battery Park, no sul da ilha de Manhattan, para onde todos os manifestantes se dirigiram ap�s marcharem pelo centro da cidade.

"Alguns nos dizem que dever�amos estudar para nos tornarmos cientistas do clima, pol�ticos, mas at� l� ser� tarde demais, n�o podemos esperar", afirmou, levantando o p�blico que, por mais de cinco horas, se manifestou de modo animado, pac�fico, mas com mensagens firmes. As palavras de ordem eram principalmente: "N�o h� um planeta B", "Nossa casa est� queimando" e "Justi�a clim�tica j�", em refer�ncia ao fato de que s�o os mais pobres que mais sofrem.

Diversos jovens e adultos subiram ao palco, incluindo a jovem ind�gena brasileira Artemisa Xakriab�, de Minas, de 19 anos. "N�o existe diferen�a entre uma jovem ind�gena como eu e uma jovem sueca como a Greta. Nosso futuro est� conectado pelas mesmas amea�as da crise clim�tica", declarou.

At� crian�as participaram do ato ontem. Uma turma de cerca de 40 jovens entre 12 e 14 anos da George Jackson Academy era acompanhada por dois professores que entoavam: "Say it louder!" ("Fale mais alto"). E os meninos respondiam: "Solar power!" ("Energia solar").

Enquanto todos gritavam, um beb� de 10 meses engatinhava sobre os cartazes. "Protesto por ele, porque talvez quando ele j� possa protestar por si mesmo seja tarde demais", explicou o professor Peter Wright, pai do pequeno Ellis. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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