
O corpo s� foi liberado �s 21h30 de s�bado, ap�s um problema com o scanner corporal usado na per�cia. De acordo com o Instituto M�dico Legal, o equipamento tem tr�s travas e uma delas n�o estava destravada corretamente por ter sido utilizado na capacita��o de funcion�rios durante a semana. "O uso do scanner foi fundamental para verificar a imagem do fragmento do proj�til que foi retirado para bal�stica", afirmou o IML.
Na noite deste s�bado, 21, o porta-voz da Pol�cia Militar do Rio de Janeiro Mauro Fliess afirmou em entrevista � TV Globo que 'n�o h� nenhum indicativo, nesse momento, de uma participa��o de um policial no triste epis�dio'. O porta-voz afirmou ainda que a PM vem reduzindo o n�mero de mortes e que 'n�o vai recuar'.
#ACulpa�doWitzel: den�ncia � ONU e rep�dio da Anistia Internacional
A morte de Agatha gerou uma onda de manifesta��es neste final de semana. Durante o s�bado, a hashtag #ACulpa�doWitzel, que relaciona a morte da menina � pol�tica de seguran�a p�blica do governador Wilson Witzel (PSC), chegou a ser a mais comentada no Twitter. Parlamentares de oposi��o como Marcelo Freixo (PSOL-RJ) e Jandira Feghali (PCdoB-RJ) se pronunciaram sobre a morte.
A Anistia Internacional publicou uma thread no Twitter repudiando o acontecimento e mencionou Witzel diretamente, marcando seu nome de usu�rio. "E alertamos a @wilsonwitzel: Como autoridade m�xima de seguran�a p�blica do Estado do Rio de Janeiro, a responsabilidade do governador � prevenir e combater a viol�ncia com intelig�ncia e levando em considera��o que todas as vidas importam", afirmou a organiza��o.
Movimentos de favelas fizeram neste s�bado, 21, uma den�ncia formal � Organiza��o das Na��es Unidas (ONU) contra o governador Witzel. O documento foi encaminhado � alta comiss�ria da ONU para Direitos Humanos, Michele Bachelet, e � Relatoria Especial sobre Execu��es Sum�rias e Extrajudiciais. Os grupos pedem ao Alto Comissariado da ONU uma resposta p�blica e incisiva cobrando o Estado Brasileiro e pedem que apontem que Witzel violou obriga��es de direito internacional ratificadas pelo Estado brasileiro.
De acordo com a den�ncia, assinada pelos grupos Papo Reto, F�rum Grita Baixada, Instituto Ra�zes em Movimento, F�rum Social de Manguinhos, M�es de Manguinhos, Movimento Moleque, Rede de Comunidades e Movimentos contra a Viol�ncia e Arquitetxs Faveladxs, 'a morte de Agatha � mais uma trag�dia diretamente relacionada � pol�tica b�rbara de seguran�a p�blica que est� sendo conduzida pelo governador'.
O documento menciona dados como o aumento do total de pessoas mortas pela pol�cia no estado do Rio de Janeiro. De janeiro a agosto foram 1249, alta de 16,2% em ao mesmo per�odo de 2018. “O alvo � sempre o mesmo, jovens negros e pobres, que vivem nas favelas da cidade e do Estado”, destaca.
A se��o Rio da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ) tamb�m destacou o “recorde macabro” de 1249 pessoas mortas pela pol�cia entre janeiro a agosto. A entidade lamentou o que chamou de “normaliza��o da barb�rie” pelo Executivo estadual e por parte da popula��o, que encara com normalidade a m�dia de cinco mortos por dia pela pol�cia, o que considera “sintoma de uma sociedade doente”.
Morte de Agatha Felix
Agatha estava em uma Kombi com o av� na noite de sexta-feira, 20 quando foi atingida por um tiro de fuzil nas costas. A menina foi levada ao Hospital Estadual Get�lio Vargas, no bairro da Penha, onde morreu na madrugada de s�bado.
A vers�o do governo do Estado � de que houve confronto no Complexo do Alem�o e que policiais da UPP Fazendinha revidaram a agress�o de criminosos. O governo do Rio afirmou lamentar profundamente a morte de Agatha, assim como a de todas as v�timas inocentes, durante a��es policiais.
O governo diz que o trabalho realizado pelas pol�cias, que t�m como principal objetivo localizar criminosos e apreender armas e drogas, � pautado por informa��es da �rea de intelig�ncia e segue protocolos r�gidos de execu��o, sempre com a preocupa��o de preservar vidas.