
Alessandro chegou algemado em um carro descaracterizado da Pol�cia Civil, por volta das 15h. O ve�culo foi escoltado por uma equipe da Divis�o de Opera��es Especiais (DOE) e da Divis�o de Opera��es A�reas (DOA). Ele foi ouvido por um delegado plantonista da 2ª DP, durante a tarde desta ter�a-feira (24/9). Ant�nio foi encontrado horas depois. Com eles, a pol�cia apreendeu dois notebooks e outros poss�veis pertences do padre Casemiro.
A pol�cia chegou aos suspeitos por meio de provas cient�ficas e t�cnicas obtidas pelos institutos de Identifica��o e de Criminal�stica. O crime, segundo explica o delegado-chefe da 2ª DP, La�rcio Rossetto, � frente das investiga��es, envolveu requintes de crueldade. Ainda n�o h� informa��es sobre o que havia no cofre, uma vez que o conte�do n�o foi recuperado.
Por volta das 18h40, ap�s Casemiro celebrar a missa das 17h de s�bado na Par�quia Nossa Senhora da Sa�de (702 Norte), o padre seguia para a casa paroquial, onde morava, e foi rendido e subjugado. Pouco tempo depois, Jos� Gonzaga da Costa, 39 anos, um dos caseiros da igreja, foi rendido.
Crueldade
Os criminosos amarraram as duas v�timas nos p�s e nas m�os. Gonzaga levou um soco de Alessandro e chegou a ficar sob a mira de uma arma de fogo. Enquanto isso, os criminosos se dividiram entre os dois andares da casa e aproveitaram para abrir o cofre, que fica no t�rreo do im�vel. O padre foi assassinado em seguida. “A forma que o arame foi passado no pesco�o da v�tima indica que eles apertaram muito, e n�o tinha como n�o saber que isso causaria a morte”, comentou Rossetto, ao destacar a inten��o de matar o religioso.
Por volta das 21h40, c�meras de seguran�a das vias pr�ximas � igreja mostram quatro homens pulando um dos muros que cercam o terreno da par�quia. Levaram todos os objetos roubados em mochilas e pegaram transporte p�blico. � pol�cia, o caseiro afirmou que foi vendado e que n�o chegou a ver o crime, mas ouviu o momento em que o padre comentou: “N�o � necess�rio fazer isso”. � pol�cia, o caseiro contou a vers�o de que conseguiu tirar a fita adesiva que cobria a boca e uma venda, sobre os olhos, friccionando o rosto em uma parede. Em seguida, ele se arrastou, mesmo amarrado, at� a obra, onde gritou por socorro. “Ele prestou depoimento duas vezes na delegacia.
Contudo, ainda h� inconsist�ncias no relato. Para comprovar a vers�o, pedimos para que ele passasse por exame de corpo de delito no Instituto de Medicina Legal (IML) para constatar algum ferimento pela fric��o na parede”, detalhou. Rossetto reafirmou a possibilidade de que o crime tenha sido premeditado. “Est� claro que eles tinham todo o controle do que seria feito. A casa tem dois andares, ent�o, eles dividiram o trabalho entre si, com dois em cada andar. Eles sabiam o que tinha ali (na casa), o que iam fazer e as ferramentas do padre. Os objetos (roubados) ainda n�o foram encontrados e esperamos que a Justi�a emita mandados de busca e apreens�o”, afirmou.
O investigador acrescenta que o padre costumava trabalhar em uma pequena oficina na casa; por isso, o barulho no im�vel n�o chamou aten��o. “Alessandro admite (o crime). S� n�o est� sendo contundente quando diz que n�o queria a morte do padre, mas ele estava com arma de fogo e ajudando no crime”, comentou o policial. Os agentes buscam a arma usada no crime e um dos envolvidos, considerado foragido, identificado como Daniel Souza da Cruz, 29.
Rossetto esclarece que ainda procuram informa��es para chegar ao quarto envolvido no esquema. “Em depoimento, o Alessandro disse que n�o conhecia o ‘de menor’. Ou seja, consideramos, em primeiro momento, que se trate de um adolescente”, finalizou.
Sobre o crime
- Estimativa � de que ocorreu entre as 18h40 e as 20h40, pois, antes disso, o padre celebrou a missa e esteve com fi�is.
- Ap�s o fim da missa, o religioso retornou � casa, mas, pr�ximo dali, havia uma obra, onde teria sido rendido e subjugado.
- Pouco tempo depois, os criminosos fizeram uma segunda v�tima, um caseiro da igreja que mora l� h� mais de 20 anos. Ambas as v�timas foram amarradas nos p�s e nas m�os.
- No caso do padre, teve requintes de crueldade, pois passaram arame liso no pesco�o (usado em constru��o)
- Um dos bandidos foi muito violento, estava usando um rev�lver na hora do crime e tamb�m luvas.
- Ele deu um soco na boca do segundo caseiro, que confirmou ter ficado na mira de uma arma de fogo durante todo o crime.
- Ap�s 21h40, os autores do crime deixam a casa e o terreno da igreja e pulam o muro que circunda a igreja (apesar das imagens ruins, quatro pessoas s�o vistas).