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Estado de Minas GERAL

Jovem assassinada em Bariri era filha �nica e se casaria em janeiro


postado em 26/09/2019 16:50

Familiares e amigos da universit�ria Mariana Forti Bazza, de 19 anos, assassinada depois de aceitar ajuda de um estranho para trocar um pneu do carro, em Bariri, interior de S�o Paulo, descrevem a jovem como uma pessoa amorosa, cheia de planos e de bem como a vida. "Ela era voluntariosa e simp�tica ao mesmo tempo, uma menina alegre, vaidosa e cheia de vida. Ela tinha um cora��o muito bom, ajudava a todos, n�o via maldade nas pessoas", disse Jessylen Vianna, irm� do namorado de Mariana, Jefferson Vianna.

Ela conta que os dois namoravam havia dois anos e pretendiam se casar e morar juntos, em Santos, onde ele trabalha na Marinha do Brasil. A mudan�a dela para a cidade litor�nea estava prevista para janeiro.

A amiga Patr�cia Fernandes, que frequentava a mesma academia de gin�stica, descreve Mariana como uma pessoa am�vel. "Estava sempre sorrindo, parece que n�o tinha tempo ruim. At� chorei quando acharam o corpo. Podia ter acontecido comigo, com algu�m da fam�lia. Foi uma coisa brutal, inexplic�vel."

Mariana desapareceu na manh� de ter�a-feira, 24, depois de sair da academia de gin�stica e aceitar a ajuda de um estranho para trocar um pneu do seu carro, que havia murchado. O corpo foi encontrado no dia seguinte, em um canavial de Ibitinga, cidade pr�xima. Imagens de uma c�mera de seguran�a mostraram quando a jovem foi abordada pelo pintor Rodrigo Pereira Alves, de 37 anos, ex-presidi�rio, condenado por sequestro e estupro, entre outros crimes, que tinha sa�do havia um m�s da pris�o. Ele foi preso no mesmo dia do crime.

Jefferson n�o falou com a reportagem, mas repassou a mensagem dirigida a Mariana que publicou em sua p�gina no Facebook. "Voc� se tornou minha companhia, minha melhor amiga, a pessoa com quem eu queria viver todos os dias de minha vida. Criamos sonhos juntos, nossa �ltima conversa era qual o nome que �amos dar aos nossos filhos. Planos de logo morarmos juntos e dividir, mais que carinho, um lar, construindo juntos nossos objetivos." Ele encerra, pedindo "que Deus te d� aquele abra�o que hoje eu n�o posso te dar..."

Um amigo da fam�lia Bazza contou que os pais est�o arrasados, pois Mariana era filha �nica. "S�o pessoas de fam�lia tradicional, muito religiosa, e eles viviam em fun��o dessa menina", disse, pedindo para n�o ser identificado.

Enquanto aguardava a libera��o do corpo, na quarta-feira, 25, a m�e dela, Marlene Aparecida Forti Bazza, falou com jornalistas e fez um desabafo: "Minha filha era �nica, minha filha era linda, amada. Perdi o ch�o, perdi tudo, ele tirou o bem mais precioso que eu tinha. Ele acabou tamb�m com a minha vida."

A m�e contou que, enquanto acompanhava as buscas, j� pressentia que algo de ruim tinha acontecido com Mariana. "Mas meu marido � uma pessoa de muita f�. Ele acreditava que ela pudesse estar bem. Eu tentei me controlar, ter esperan�a. Agora, quero que esse assassino fique preso at� o fim da vida dele."

No dia anterior, quando as buscas ainda aconteciam, Marlene postou em rede social uma imagem de Nossa Senhora e um apelo: "Minha m�ezinha, traga minha filha com vida." Nesta quinta-feira, a p�gina trazia uma foto de Mariana com asas de anjo e a frase: "Minha filha virou um anjo l� no c�u, olhando por n�s que ficamos com o cora��o despeda�ado. Que Deus possa amenizar nossa dor."

Como��o

Na cidade de 35 mil habitantes, a morte de Mariana causou como��o. O prefeito Francisco Leoni Neto (PSDB) decretou oficial por tr�s dias no munic�pio. A academia Cross, onde a jovem fazia gin�stica, n�o abriu na quinta-feira "em raz�o de luto". Funcion�rios foram dispensados para acompanhar o vel�rio da jovem.

No Centro Universit�rio Sagrado Cora��o (Unisagrado), em Bauru, onde Mariana cursava o segundo ano de fisioterapia, as aulas foram suspensas e foi celebrada uma missa, na noite de quarta, em que houve apelos contra a viol�ncia.

Em nota, a faculdade manifestou tristeza e se solidarizou com a fam�lia e colegas de turma enlutados. "Infelizmente, um sonho, um futuro, uma mente, um cora��o jovem foi perdido! Essa ruptura dolorosa imp�e a reflex�o sobre o que a sociedade precisa fazer pelos seus jovens e reafirma o importante papel das institui��es de ensino como promotoras de um mundo em que as esperan�as e entusiasmos n�o deem espa�o para a precariedade, que gera o medo."

Em redes sociais, entre centenas de mensagens de rep�dio e �dio ao autor do crime, amigos, conhecidos e pessoas que n�o conheciam a fam�lia manifestaram pesar e solidariedade. "Deus conforte o cora��o de todos e amenize essa dor. N�s, m�es, estamos de luto. Descansa em paz, Mariana", escreveu Silvia Eld�cio Crespi. "O c�u de Bariri chora junto com todos n�s! � dif�cil acreditar que um ser humano seja capaz de tanta crueldade e frieza. Mari n�o d� para acreditar, t�o jovem, t�o linda, amiga, com a vida toda pela frente! Quero me lembrar de voc� sorrindo!", postou Isabela Carvalho.

Viol�ncia

O corpo de Mariana foi sepultado �s 13 horas desta quinta-feira, 26, no Cemit�rio Municipal de Bariri, em clima de como��o. Centenas de pessoas acompanharam o f�retro. O laudo do Instituto M�dico Legal (IML) de Araraquara, onde a necropsia foi realizada, ainda n�o ficou pronto, mas an�lise preliminar indicou sinais de estrangulamento.

Conforme a Pol�cia Civil, Mariana foi encontrada amorda�ada, com as m�os amarradas atr�s do corpo e um ferimento na boca, mas estava vestida. Os peritos pediram exame residual para apurar se houve viol�ncia sexual. Na quarta-feira, durante audi�ncia de cust�dia no F�rum de Ja�, o suspeito do crime alegou inoc�ncia e chorou durante o interrogat�rio. O juiz decidiu mant�-lo na pris�o. Alves n�o tinha advogado constitu�do at� a tarde desta quinta-feira.


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