O ministro da Educa��o, Abraham Weintraub, criticou nesta quinta-feira, 26, sal�rios de professores de universidades federais. Segundo Weintraub, essas despesas s�o hoje a principal preocupa��o da pasta, e o MEC tem de "ir atr�s da zebra mais gorda". As declara��es foram feitas durante o F�rum Nacional do Ensino Superior, em S�o Paulo.
Segundo Weintraub, o principal problema do MEC � "gastar uma fortuna com um grupo pequeno de pessoas", os professores das universidades federais. "Tenho de ir atr�s da zebra mais gorda, que est� na universidade federal trabalhando em regime de dedica��o exclusiva para dar s� 8 horas de aula por semana e ganhar R$ 15 mil, R$ 20 mil."
Para Antonio Gon�alves, presidente da Andes, sindicato nacional dos professores das federais, a fala do ministro � desrespeitosa e falaciosa. "Quem ele est� chamando de 'zebras gordas' � uma minoria. Quem ganha sal�rios nesse patamar s�o professores perto da aposentadoria, que est�o h� mais de 30 anos contribuindo para a universidade p�blica."
Nas 63 federais do Pa�s, o teto remunerat�rio � de 90,25% do sal�rio de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), de cerca de R$ 35,4 mil hoje.
As declara��es ocorrem ap�s o ministro anunciar, ao jornal
O Estado de S. Paulo
, que pretende exigir a contrata��o dos professores via CLT (carteira assinada), e n�o por concurso p�blico, para ades�o das universidades p�blicas ao Future-se, programa para captar verbas privadas.
A declara��o sobre o regime de contrata��o de professores fez aumentar a preocupa��o de reitores sobre o programa, como apurou o jornal. A maior parte das universidades j� rejeita aderir ao Future-se.
Fies
No evento desta quinta-feira, Weintraub pediu apoio de faculdades privadas ao Future-se e disse que o governo "n�o vai fazer nada" para recuperar o Financiamento Estudantil (Fies). "Voc�s t�m de se virar", disse, em resposta a Hermes Fonseca, presidente do Semesp, entidade que representa donos de faculdades particulares. Fonseca havia questionado o ministro sobre a pol�tica para o Fies e se a pasta estudava cobrar mensalidade nas universidades p�blicas. As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.
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