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Estado de Minas GERAL

Afundamentos em bairros de Macei� afetam �rea com mais de 40 mil moradores


postado em 27/09/2019 12:25

A prefeitura de Macei� incluiu nesta semana mais um bairro no decreto de calamidade p�blica declarado ap�s registros de rachaduras e afundamentos em tr�s bairros da capital alagoana - Pinheiro, Mutange e Bebedouro. O decreto, que foi renovado por mais seis meses, foi publicado na edi��o desta quarta-feira, 25, do Di�rio Oficial do Munic�pio.

Segundo moradores, fissuras come�aram a aparecer em im�veis do bairro Bom Parto h� cerca de quatro meses e ao menos 300 edifica��es apresentam a situa��o. Conforme a gest�o municipal, mais de 40 mil pessoas s�o afetadas pelo afundamento desses bairros.

A prefeitura informou que a popula��o atingida pela instabilidade no solo do bairro Bom Parto ainda est� sendo contabilizada e que estudos para determinar quais a��es ser�o adotadas est�o sendo feitos. "Os trabalhos relativos ao Bom Parto ser�o divulgados ap�s a an�lise final pela CPRM (Servi�o Geol�gico do Brasil) dos trabalhos realizados pelos t�cnicos da Defesa Civil, assim como as medidas necess�rias com rela��o � popula��o do bairro. O bairro inteiro do Bom Parto tem em torno 30 mil moradores e apenas parte da �rea estaria sendo afetada pela instabilidade de solo. Os dados da popula��o afetadas s� poder�o ser previstos ap�s o relat�rio final dos estudos."

Atualmente, 2.047 fam�lias afetadas pelo problema est�o recebendo aux�lio-moradia, segundo a prefeitura. Moradores do Mutange, bairro que apresenta a situa��o mais grave, devem ser realocados para unidades habitacionais do Minha Casa Minha Vida assim que a transfer�ncia for autorizada pelo governo federal.

O Servi�o Geol�gico do Brasil informou que esteve na capital alagoana entre os dias 17 e 20 e equipes elaboram um relat�rio sobre a situa��o. Os profissionais tamb�m fizeram um treinamento de capacita��o com agentes do munic�pio para que eles possam acompanhar os fen�menos que est�o afetando os bairros.

Presidente da Associa��o Comunit�ria e Beneficente dos Moradores do bairro Bom Parto, Fernando Lima diz que o problema come�ou h� cerca de quatro meses e avan�ou rapidamente. "Os moradores come�aram a solicitar a nossa presen�a. Acionamos a Defesa Civil, visitamos as casas e foi detectado que, em 33 casas, havia rachaduras n�o convencionais. Foi estourando mais e, de tr�s meses para c�, acelerou de tal forma que tem cerca de 300 casas nessa situa��o. E esse n�mero tende a crescer."

Lima explica que, ao contr�rio do Pinheiro,um bairro nobre, os moradores do Bom Parto t�m dificuldades financeiras e muitos n�o t�m condi��es de ir para outro lugar. "A gente j� estava acompanhando a situa��o nos outros bairros. Agora, estamos sentindo na pele dentro da nossa comunidade. No Mutange, existe uma situa��o social de pen�ria. Imagina aqui, na beira da lagoa, com casas de taipa e sem piso. � muito pior do que no Mutange. Aqui, as pessoas s�o paup�rrimas. No Pinheiro, s�o casas de valores alt�ssimos."

In�cio do problema

Em fevereiro do ano passado, ap�s fortes chuvas, rachaduras come�aram a aparecer em dezenas de im�veis do bairro do Pinheiro. Em 3 de mar�o, foi registrado um abalo s�smico no local. Em maio deste ano, o Servi�o Geol�gico do Brasil (CPRM) divulgou um relat�rio informando que a extra��o de sal-gema - mat�ria-prima utilizada na fabrica��o de soda c�ustica e PVC - feita pela Braskem foi a principal causa para o surgimento de rachaduras nos bairros do Pinheiro, Bebedouro e Mutange.

Em nota, de julho de 2019, a empresa informou que o documento apresenta "inconsist�ncias t�cnicas relevantes e a falta de uma solu��o definitiva que garanta a seguran�a aos moradores dos bairros afetados" e disse que tem realizado "estudos para identificar as causas dos problemas geol�gicos e tomado a��es emergenciais na regi�o".

Em nota, a Braskem disse que "institui��es de estudo geol�gico e especialistas do Brasil e do exterior, como a Universidade de Houston, e um novo estudo de pesquisadores coordenados pelo renomado professor-doutor em geologia Georg R. Sadowski, apontam inconsist�ncias de metodologias usadas na elabora��o do Relat�rio S�ntese da CPRM para explicar os fen�menos geol�gicos dos bairros Pinheiro, Mutange e Bebedouro, em Macei�".

Ainda conforme a empresa, isso comprova que as pesquisas precisam ser aprofundadas para definir as causas e as solu��es para os bairros". A Braskem ainda destacou ter "compromisso com as pessoas de Alagoas" e "sua atua��o respons�vel".


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