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Estado de Minas GERAL

Minist�rio da educa��o estuda punir aluno que tirar nota baixa no Enade


postado em 05/10/2019 08:20

O Minist�rio da Educa��o quer criar mecanismos para que seja poss�vel punir o aluno que tem um desempenho muito abaixo da m�dia no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade). A proposta foi apresentada ontem pelo ministro da Educa��o, Abraham Weintraub. "O aluno faz a prova como se n�o houvesse amanh�", disse, ao comentar os resultados do Enade para os cursos de bacharelado das �reas de Ci�ncias Sociais, Ci�ncias Humanas e para os tecn�logos de Gest�o e Neg�cios, Produ��o Cultural e Design.

Ele atribuiu parte do baixo desempenho � falta de incentivo para a realiza��o das provas. A participa��o no exame � obrigat�ria, sob pena de atraso na cola��o de grau. O desempenho, contudo, n�o traz vantagens ou desvantagens para o estudante. Diante desse cen�rio, avalia, parte dos alunos acaba entregando a prova em branco. Ele destacou resultados abaixo do porcentual de acerto com respostas aleat�rias. "Eu gostaria que essa pessoa n�o pudesse se formar", disse.

A ideia � tamb�m criar mecanismos positivos. E esse seria o primeiro passo da estrat�gia. O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Alexandre Lopes, afirmou que a ideia � incluir, no pr�ximo edital, uma regra que permita a divulga��o da faixa de nota do estudante que participou do exame. Isso seria feito, por exemplo, para aqueles que tivessem um n�vel de acerto entre 60% e 80% e na outra linha, para aqueles que tivessem um acerto acima de 80%. Tal mecanismo, na avalia��o de Weintraub, poderia ser usado como incentivo, sobretudo no momento em que o estudante for procurar uma coloca��o no mercado de trabalho.

"Nada ser� feito a f�rceps", disse o ministro. A ideia � que mudan�as nas regras de avalia��o sejam discutidas com especialistas. Parte delas, de acordo com Lopes, poder� ter aplica��o imediata. Outra necessitar� de portaria ou de mudan�a na lei. Lopes afirmou que a ideia � apresentar at� o fim do ano um conjunto de sugest�es.

P�blicas

Os resultados do Enade mostram um desempenho superior em cursos dados em institui��es p�blicas. Ao mostrar os dados, por�m, o ministro destacou a pequena diferen�a nos resultados entre cursos presenciais e a dist�ncia.

O levantamento preparado pelo Inep mostra que 12,2% dos cursos a dist�ncia tiveram classifica��o 4 e 5, maior do que o resultado m�dio. Nos cursos presenciais, a fatia que ficou com essa classifica��o � de 20,8%. Na outra ponta, 28,4% dos cursos a dist�ncia tiveram conceito mais baixo que a m�dia (1 e 2), ante 18,1% dos cursos presenciais.

A compara��o, contudo, tem universos bem distintos. Foram considerados no Enade 376 cursos com ensino a dist�ncia e 7.642 presenciais. O presidente do Inep atribuiu a diferen�a ao fato de que alguns cursos, como Direito, n�o apresentarem a modalidade a dist�ncia.

Defesa

Apesar da grande diferen�a do universo analisado, Weintraub avalia que o desempenho das duas formas de ensino � semelhante para os cursos que fizeram parte deste Enade. Para ele � uma realidade da qual n�o h� como escapar. "� uma modalidade mais eficiente do ponto de vista econ�mico."

Ressalvas

Especialistas e representantes do setor do ensino superior lembraram que o Enade foi criado para avaliar a qualidade dos cursos e n�o o conhecimento dos alunos. "H� alguns anos questionamos se o formato e conte�dos cobrados s�o os mais adequados", disse Maria Helena Guimar�es, do Conselho Nacional de Educa��o (CNE) e ex-secret�ria executiva do Minist�rio da Educa��o.

Simon Schwartzman, da Comiss�o Nacional de Avalia��o da Educa��o Superior, disse que o Enade tem matriz curricular gen�rica, j� que avalia cursos do Pa�s todo. Por isso, vem sendo apontado como insuficiente. Um relat�rio da Organiza��o para a Coopera��o e Desenvolvimento Econ�mico (OCDE, na sigla em portugu�s), divulgado em dezembro, avaliou que o Enade tem objetivos "irreais", falha na tarefa de atestar a qualidade das gradua��es e pode inibir inova��es.

S�lon Caldas, diretor executivo da Associa��o Brasileira de Mantenedoras do Ensino Superior (Abmes), lembrou que o setor defende h� anos que essa nota seja inclu�da no hist�rico escolar. "Seria uma motiva��o", disse. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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