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Estado de Minas GERAL

Tetrapl�gico usa exoesqueleto e consegue caminhar


postado em 05/10/2019 09:06

Um franc�s de 28 anos, tetrapl�gico h� quatro anos, conseguiu caminhar e mexer os bra�os usando um exoesqueleto controlado pelo seu c�rebro. Embora considerada promissora, a tecnologia ainda � experimental e precisa passar por muitos aprimoramentos para ser aplicada clinicamente, ressaltaram os cientistas franceses respons�veis.

Foi um longo caminho at� que o paciente Thibault conseguisse movimentar os membros. A tecnologia, que alia um exoesqueleto a um sistema de sensores cerebrais, come�ou a ser desenvolvida h� dez anos.

Na pesquisa, dois dispositivos foram implantados na cabe�a do paciente, entre o c�rebro e a pele, abrangendo a regi�o que controla a sensa��o e a fun��o motora. Cada dispositivo continha 64 eletrodos que coletavam sinais cerebrais e os transmitiam a um algoritmo de decodifica��o. O sistema traduzia sinais do c�rebro nos movimentos em que o paciente pensava e enviava seus comandos ao exoesqueleto.

Por 24 meses, o paciente realizou, com a ajuda de um avatar virtual, v�rias tarefas mentais para treinar o algoritmo a entender seus pensamentos e aumentar o n�mero de movimentos que poderia fazer. Ap�s os treinos, o paciente come�ou a exercer a mesma tarefa de usar seus pensamentos para movimentar o exoesqueleto. O feito foi publicado anteontem na revista cient�fica Lancet Neurology.

Segundo Alim-Louis Benabid, professor da Universidade de Grenoble (Fran�a) e um dos autores do estudo, tecnologias anteriores usavam sensores invasivos no c�rebro, que podem ser mais perigosos e param de funcionar frequentemente. "� o primeiro sistema c�rebro-computador semi-invasivo e sem fio desenvolvido para ativar os quatro membros."

H� cerca de quatro anos, o franc�s Thibault caiu de uma altura de 15 metros. O acidente resultou em uma les�o na medula espinhal que o deixou paralisado e o obrigou, durante os dois primeiros anos, a viver no hospital. Em 2017, decidiu participar da investiga��o sobre o exoesqueleto da Clinatec (centro franc�s de biomedicina).

Repercuss�o

Autores do estudo e outros especialistas reconhecem que, apesar de inovadora, a t�cnica ainda est� longe de ser facilmente aplicada a todos os pacientes. Segundo Tom Shakespeare, professor da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, a pesquisa representa "um avan�o bem-vindo e animador", mas est� muito longe de ser uma possibilidade cl�nica utiliz�vel. "Mesmo que sejam vi�veis, restri��es de custo significam que op��es de alta tecnologia nunca estar�o dispon�veis para a maioria das pessoas com les�es na medula."

Para o neurologista e neurofisiologista Marcel Simis, respons�vel pelo laborat�rio de neuromodula��o do Instituto de Medicina F�sica e Reabilita��o da Universidade de S�o Paulo (USP), o estudo mostra importante avan�o no campo do exoesqueleto controlado pelo c�rebro, mas a dificuldade � transformar sinais cerebrais em comandos para movimentos complexos. "As principais tecnologias em estudo geralmente permitem comandos mais simples. Para atividades como caminhar, o movimento � mais complexo."

Outra quest�o a ser aprimorada � a necessidade de o exoesqueleto estar suspenso no teto para que o paciente consiga suportar o peso de toda a estrutura. Os cientistas j� est�o debru�ados sobre isso. Outros tr�s pacientes come�aram a usar o novo sistema e o pr�ximo objetivo � buscar uma solu��o que permita que a pessoa caminhe e mantenha o equil�brio por conta pr�pria. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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