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Estado de Minas GERAL

Meio ambiente: tema est� na base do papado de Francisco


postado em 06/10/2019 17:23

N�o surpreende que o papa Francisco tenha convocado um s�nodo para tratar sobre a Amaz�nia. Em 2015, dois anos depois de ter sido eleito papa, ele publicou a enc�clica de n�mero 298 da hist�ria da Igreja com uma interessante novidade: pela primeira vez, o meio ambiente era o assunto principal de um documento do g�nero. E com argumentos cient�ficos.

Laudato Si�, como o documento foi chamado, acabou elogiada por religiosos e acad�micos. Trouxe elementos cient�ficos para defender o "cuidado da casa comum", como Francisco denominou a quest�o. Clamava pelo bom uso dos recursos naturais, pela economia de �gua, pela reciclagem e pela ecologia integral - ou seja, preservar o ambiente n�o � simplesmente n�o desmatar, mas tamb�m respeitar comunidades locais, suas tradi��es e suas culturas.

Em 192 p�ginas - uma introdu��o, seis cap�tulos e duas ora��es finais -, Francisco criticou fortemente o modelo insustent�vel da atual sociedade de consumo. E, ao contr�rio de muitos governantes atuais, ele se apoiou em argumentos cient�ficos para corroborar que, sim, o ser humano � o grande respons�vel pela crise clim�tica sem precedentes vivida pelo mundo.

"In�meros estudos cient�ficos relatam que a maior parte do aquecimento global das �ltimas d�cadas se deve � concentra��o de gases do efeito estufa - di�xido de carbono, metano, �xido de nitrog�nio e outros - emitidos principalmente por causa da atividade humana", escreveu Francisco. "Se a tend�ncia atual continuar, este s�culo poder� testemunhar mudan�as clim�ticas in�ditas e uma destrui��o sem precedentes dos ecossistemas, com graves consequ�ncias para todos n�s."

No documento, o papa afirmou que a humanidade precisa urgentemente "tomar consci�ncia da necessidade de realizar mudan�as de estilo de vida, de produ��o e consumo, para combater o aquecimento global ou, pelo menos, as causas humanas que o provocam e o agravam".

Em Laudato Si�, Francisco ainda cobrou que negocia��es internacionais se esforcem para diminuir os efeitos da cat�strofe clim�tica. "A fraqueza da resposta pol�tica internacional � impressionante", afirmou. "A submiss�o da pol�tica � tecnologia e �s finan�as se revela no fracasso das c�pulas sobre o clima. Muito facilmente o interesse econ�mico prevalece sobre o bem comum e manipula informa��es para n�o ver seus projetos afetados."

O papa lembrou da responsabilidade com os mais pobres, como uma condi��o importante. "Chegou o momento de aceitar uma certa diminui��o do crescimento em algumas partes do mundo, garantindo recursos para o crescimento saud�vel em outras partes", escreveu. "Qualquer abordagem ecol�gica deve incorporar uma perspectiva social que leve em conta os diretos humanos das pessoas mais desfavorecidas. A tradi��o crist� nunca reconheceu como direito absoluto e inviol�vel o direito � propriedade privada, ela destaca a fun��o social de todas as formas de propriedade privada."

Francisco demonstrou preocupa��o que o esgotamento de recursos naturais, como a �gua, crie um cen�rio para novas guerras. E criticou fortemente a cultura do consumismo.

Na �ltima sexta, 4, festa de S�o Francisco de Assis - seu hom�nimo e conhecido por ser um santo profundamente ligado � natureza -, o papa celebrou nos Jardins do Vaticano. Ali, ocorreu o plantio de uma �rvore oriunda de Assis, terra do santo, de modo a simbolizar a ecologia integral pregada pelo papa. O sumo pont�fice consagrou o S�nodo dos Bispos sobre a Amaz�nia a S�o Francisco de Assis.

A cerim�nia contou com representantes dos povos ind�genas da Amaz�nia e de frades franciscanos. H� 40 anos, S�o Francisco de Assis foi nomeado o padroeiro dos ecologistas.


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