�leo que vazou no Nordeste n�o � brasileiro, diz presidente da Petrobras

O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, garantiu que o �leo que vazou e atingiu diversas praias do Nordeste n�o tem origem nacional. "N�o � petr�leo brasileiro", disse, ap�s participar de audi�ncia p�blica na C�mara dos Deputados. Castello Branco n�o informou quais pa�ses produzem o tipo de �leo que foi encontrado em dezenas de praias brasileiras.

"A fun��o da Petrobras n�o � investigar de onde vem o �leo. Nossa preocupa��o foi se era um �leo produzido ou eventualmente comercializado pela Petrobras. N�s temos isso bem documentado, coletamos 23 amostras, nosso centro de pesquisas realizou an�lises bioqu�micas e chegou � conclus�o de que n�o se trata de nenhum �leo produzido e/ou comercializado pela Petrobras", disse.

Segundo ele, a companhia tem atuado ativamente na limpeza das praias do Nordeste, supervisionada pelo Ibama e em colabora��o com o ICMBio e a Marinha, por meio do uso de suas estruturas e tamb�m de empregados. "At� ontem, pelo menos, n�o tenho os dados de hoje, a Petrobras removeu 133 toneladas de res�duo oleoso das praias do Nordeste", disse.

Castello Branco informou que o volume recolhido equivale a mais de 500 barris de petr�leo. "Isso indica que n�o � simplesmente a lavagem de um tanque de um navio. Alguma coisa extraordin�ria aconteceu, n�o sabemos o que � nem cabe � Petrobras, mas a outros �rg�os, como Pol�cia Federal, Marinha, que t�m essas atribui��es", disse.

Ele n�o quis comentar o teor de um parecer enviado pela Petrobras ao Ibama, que indica compatibilidade entre o �leo que vazou no litoral brasileiro com o produto produzido por pa�ses africanos e pela Venezuela. "Esse relat�rio � reservado, confidencial, da Petrobras para o Ibama. N�o tenho autoriza��o para divulgar, � uma comunica��o a uma institui��o de Estado, ent�o, cabe ao Ibama e a outras autoridades divulgar informa��es", disse.

Sobre as raz�es do vazamento, Castello Branco disse haver v�rias possibilidades. "Como leigo, pode ter sido naufr�gio de um petroleiro, transbordo de petr�leo de um navio para outro que tenha falhado, mas eu sinceramente n�o consigo imaginar", afirmou. "Hipoteticamente, poderia ser um naufr�gio de navio, que n�o vai transbordar petr�leo imediatamente, e existe possibilidade de esse material ser liberado gradualmente."