
O governador em exerc�cio do estado da Bahia, Jo�o Le�o, assinou nessa segunda-feira (14) tr�s documentos que visam ajudar o estado a conter a mancha de �leo que se espalha rapidamente pelo litoral da Regi�o Nordeste. Entre eles, a declara��o de emerg�ncia nos munic�pios afetados pelo desastre ambiental. O decreto permite que verbas contingenciais sejam usadas na conten��o do �leo. Jo�o Le�o assinou tamb�m um termo de recebimento de ajuda da sociedade civil e uma carta pedindo apoio ao Governo Federal.
“O decreto tem o intuito de nos ajudar a resolver o problema. Ele trata da participa��o do estado e dos munic�pios neste processo para nos habilitar a receber recursos federais. O segundo documento � sobre a coopera��o dos capel�es do Brasil, que nos ofereceram 5 mil pessoas [volunt�rios]. J� o terceiro solicita o apoio da Petrobras, que � quem entende do assunto”, explicou o governador.
De acordo com a secretaria de Meio Ambiente do Estado da Bahia, 35 toneladas de �leo j� foram retiradas do litoral. A coleta do material contaminado � feita por uma for�a-tarefa composta por bombeiros, Defesa Civil e funcion�rios municipais.
"Estamos intensificando o trabalho principalmente nas regi�es onde h� dificuldade de acesso, porque nas zonas mais urbanas as prefeituras t�m atuado junto com o Governo do Estado. N�s temos colocado para as cidades a possibilidade n�o somente do decreto de emerg�ncia ambiental, como tamb�m equipamentos e materiais que permitem a retirada”, declarou o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Francisco Telles.
O governo da Bahia emitiu, ainda, um alerta para a popula��o para que n�o entre em contato direto com o �leo e n�o toque ou remova res�duos contaminados.
Manchas de �leo
A presen�a da manchas de �leo no litoral nordestino foi notada no fim de agosto. A primeira localidade onde, segundo o relat�rio do Ibama, a contamina��o foi comunicada, fica na Praia Bela, em Pitimbu (PB), onde os fragmentos de �leo foram avistados no dia 30 de agosto. A partir da�, a subst�ncia escura e pegajosa se espalhou pelos nove estados do Nordeste (Alagoas, Bahia, Cear�, Maranh�o, Para�ba, Pernambuco, Piau�, Rio Grande do Norte e Sergipe).
A Pol�cia Federal (PF), a Marinha e os �rg�os ambientais do Brasil tentam agora esclarecer como o material chegou �s �guas territoriais brasileiras e poluiu trechos do litoral nordestino. De acordo com o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, entre as hip�teses est�o um poss�vel vazamento acidental em alguma embarca��o ainda n�o identificada; um derramamento criminoso do material por motivos desconhecidos ou a eventual limpeza do por�o de um navio.
Ao participar de uma audi�ncia p�blica na C�mara dos Deputados, na semana passada, o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, disse que an�lises laboratoriais confirmaram que a subst�ncia n�o prov�m da produ��o da estatal petrol�fera.