Mulher feita de ref�m ap�s assalto a Viracopos est� na UTI

A mulher tomada como ref�m por um assaltante ap�s o ataque ao terminal de cargas do Aeroporto de Viracopos, em Campinas, foi transferida para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Celso Pierro, da Pontif�cia Universidade Cat�lica (PUC-SP). De acordo com a Pol�cia Militar (PM), a ref�m teria sido atingida na regi�o lombar por estilha�os do tiro disparado pelo sniper (atirador de elite) que atingiu e matou o criminoso.

A v�tima passou por uma cirurgia na quinta-feira, 17. Segundo a PM, o quadro da ref�m � est�vel. A assessoria do hospital informou que a fam�lia n�o autorizou divulgar informa��es sobre o estado de sa�de da v�tima. A crian�a de 10 meses que estava no colo da mulher n�o sofreu ferimentos.

A quadrilha que invadiu o aeroporto de Viracopos para roubar um carregamento de dinheiro que seria levado de avi�o para a Inglaterra tinha um arsenal com armas de guerra. Conforme lista divulgada nesta sexta-feira, 19, pela Pol�cia Federal (PF), foram apreendidas nove armas, entre elas fuzis de alta letalidade, e farta muni��o com os criminosos.

A PF acredita que cerca de 20 homens participaram da a��o, tr�s foram mortos em confronto com policiais militares. Houve ainda cinco feridos, tr�s seguran�as, um policial e uma ref�m. Parte das armas e muni��es estava no fundo falso de um caminh�o de lixo, usado na fuga pelos bandidos.

Conforme a lista, foram apreendidos dois fuzis AK 47, um fuzil calibre 5.56, um rifle artesanal calibre .50 com mira telesc�pica - arma capaz de derrubar um helic�ptero -, tr�s pistolas Glock calibre .40, dois rev�lveres, 13 carregadores, 16 estojos de muni��o, 423 muni��es diversas e um capacete bal�stico.

A investiga��o n�o descarta que os criminosos que fugiram estivessem com outras armas. As buscas pelos suspeitos continuavam nesta sexta, mas a PF informou que o inqu�rito sobre o assalto est� em sigilo.

A Ag�ncia Nacional de Avia��o Civil (Anac) vai pedir informa��es � concession�ria do Aeroporto de Viracopos sobre o assalto. De acordo com a ag�ncia, "sempre que ocorrem a��es de interfer�ncia il�cita, � dever da Anac solicitar informa��es ao operador do aeroporto, visando verificar se todas as normas relacionadas � Seguran�a da Avia��o Civil Contra Atos de Interfer�ncia Il�cita (Avsec) foram adotadas". Ainda segundo a ag�ncia, esse procedimento � protocolar e gera um relat�rio que se torna objeto de an�lise pela ag�ncia para verifica��o de "eventuais medidas que n�o estejam em conformidade". N�o h� prazo para o t�rmino da an�lise.

A concession�ria informou que Viracopos cumpre com todos os requisitos de seguran�a previstos no setor e o acionamento de todos os procedimentos ocorreu imediatamente � invas�o dos dois ve�culos com os criminosos por um dos port�es de seguran�a. Segundo a nota, todos os procedimentos de seguran�a foram aprovados pela Anac conforme o Programa de Seguran�a Aeroportu�ria apresentado pela concession�ria. Informou ainda realizar simula��es e exerc�cios anuais em parceria com as for�as policiais.

Conforme a empresa, a Pol�cia Federal aprovou recentemente, por solicita��o da concession�ria e da Brink's, o uso de armamento ostensivo na �rea do terminal de cargas, ainda que muito inferior ao usado pelos criminosos, o que contribuiu na rea��o ao crime. "Preocupa o posicionamento de alguns setores que, em vez de abordar a grave quest�o da seguran�a p�blica e do combate ao crime organizado, fez parecer que as empresas que sofreram a��o criminosa s�o respons�veis por supostas falhas de seguran�a."

No dia do assalto, quando esteve em Campinas para parabenizar a PM pelas a��es contra os assaltantes, o governador Jo�o Doria (PSDB) cobrou mais seguran�a e a��es preventivas nos aeroportos federais, como o de Viracopos.

"Qual empresa consegue enfrentar quadrilhas de posse de armamentos pesados de guerra? Vale lembrar que, no per�odo de um ano e meio, as �reas restritas dos tr�s maiores aeroportos do Brasil (Gale�o, Guarulhos e Viracopos) foram invadidas por criminosos fortemente armados, evidenciando que este � um problema nacional de seguran�a p�blica", reagiu a concession�ria.