Tr�s bombeiros morreram quando combatiam um inc�ndio na uisqueria Quatro por Quatro, no centro do Rio na tarde desta sexta-feira, 18. Outros tr�s integrantes da corpora��o precisaram de socorro m�dico e foram levados para o Hospital Souza Aguiar - pelo menos um deles, em estado grave.
O Corpo de Bombeiros confirmou as mortes dos tr�s militares, mas n�o divulgou seus nomes. O inc�ndio envolveu a regi�o em fuma�a, que chegou � Igreja da Candel�ria. O tr�fego do VLT chegou a ser parcialmente interrompido.
O comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Roberto Robadey, disse no fim da tarde que os bombeiros mortos e feridos inalaram muita fuma�a. Os militares, segundo ele, teriam sido surpreendidos por uma r�pida mudan�a em um inc�ndio simples, que parecia sob controle, mas subitamente recrudesceu. Os bombeiros teriam sido sufocados porque o im�vel, antigo, tinha muitas divis�rias, o que dificultou a sa�da r�pida. Em nota, a corpora��o informou que ser� aberta uma sindic�ncia para apurar o que ocorreu.
Extraoficialmente, em grupos de bombeiros em redes sociais, circulou a vers�o de que o fogo j� estava controlado, na fase de rescaldo e, por isso, os soldados circulavam no pr�dio sem equipamento de prote��o. Segundo essa vers�o, teria havido uma explos�o por g�s, o que o Corpo de Bombeiros n�o mencionou. Nas proximidades, n�o foi ouvido barulho de detona��o ao longo do dia. Outra vers�o destacava que a queima de material de isolamento ac�stico teria gerado gases t�xicos.
O fogo come�ou por volta das 11h30. O antigo casar�o onde funcionava a Quatro por Quatro - que se apresentava como "spa para homens" e tinha muitas funcion�rias mulheres -, estava vazio, e o fogo foi rapidamente controlado num primeiro momento. A Rua Buenos Aires, no trecho entre a Avenida Rio Branco e a Rua da Quitanda, foi interditada pelos bombeiros, e os pr�dios ao lado, evacuados. A fuma�a tomou a Avenida Rio Branco, e ruas pr�ximas.
Bombeiros receberam apoio ainda da Pol�cia Militar e de guardas do programa de seguran�a p�blica Centro Presente.
Trabalhadores das empresas que funcionavam nas imedia��es permaneceram no local para acompanhar o trabalho dos agentes contras as chamas. Quatro caminh�es e outros tr�s ve�culos dos Bombeiros foram mobilizados para apagar o inc�ndio. Depois do incidente que resultou nas mortes, a fuma�a negra aumentou, indicando que o fogo aumentara.
O nome das v�timas n�o havia sido divulgado pelos bombeiros at� as 19h30 desta sexta-feira, porque as fam�lias ainda estavam sendo avisadas, segundo a corpora��o. O Corpo de Bombeiros informou que a boate tinha alvar� de funcionamento e estava com a documenta��o em dia.
O governador do Rio, Wilson Witzel, decretou luto de tr�s dias no Estado. "Quero manifestar meu pesar. Foram her�is que perderam suas vidas cumprindo o seu dever. Ordenei rigorosa apura��o de todos os fatos que ocorreram durante o combate ao inc�ndio e que resultaram nesta trag�dia. Presto solidariedade �s fam�lias das v�timas. Que Deus os receba e aben�oe", disse o governador em nota oficial.
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