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Estado de Minas GERAL

�leo chega � foz do Rio Jaboat�o, em PE; presos do semiaberto ajudam na limpeza


postado em 23/10/2019 14:08

O �leo que atinge o Nordeste brasileiro h� mais de um m�s chegou na madrugada desta quarta-feira, 23, � Praia Barra da Jangada, onde est� a foz do Rio Jaboat�o, em Jaboat�o dos Guararapes, cidade vizinha do Recife, em Pernambuco. Funcion�rios da prefeitura, da Marinha, do Ex�rcito e 50 presos em regime semiaberto atuam na praia, que est� isolada para o acesso de volunt�rios.

Res�duos foram identificadas em alto-mar por um pescador na noite anterior, por volta das 23 horas, enquanto as manchas foram detectadas na praia por volta das 4h30.

Segundo o superintendente da Prote��o e Defesa Civil de Jaboat�o, Artur Paiva, foram retiradas 44 toneladas de �leo somente nas primeiras horas da manh�. Agora, as a��es s�o para tirar pequenos peda�os da subst�ncia. "A nossa preocupa��o foi tirar r�pido, n�o d� para deixar desse jeito", diz. "N�o pode deixar entrar no estu�rio. A barreira foi acionada e n�o encontramos nada l�."

A Marinha justifica o isolamento da praia como medida de seguran�a. "Pode ser um problema para a sa�de de quem manuseia. Nem todos os volunt�rios t�m material", diz o comandante do destacamento dos fuzileiros, capit�o-tenente Gilson Cunha.

Ao todo, 1.500 homens da Marinha atuam no Nordeste, dos quais 380 est�o em Jaboat�o. "� importante que a popula��o confie na a��o conjunta (dos governos municipal, estadual e federal)."

O trabalho est� sendo majoritariamente dentro da �gua, pois o �leo afunda no rio (enquanto boia no mar). N�o est� descartada a��o com mergulhadores para retirar o �leo do fundo. "Quando a mar� baixar, vai se poder ter uma melhor compreens�o da situa��o", diz o capit�o.

Por volta das 9 horas, chegaram ao local 50 reeducandos do regime semiaberto, da Penitenci�ria Agroindustrial S�o Jo�o, em Ilha de Itamarac�, no Grande Recife. Eles foram divididos em trios para recolher restos do �leo com sacos de lixo. A a��o valer� como hora trabalhada e poder� ser deduzida da pena.

Inicialmente, o grupo iria para Cabo de Santo Agostinho, onde est� grande parte do �leo, mas foram remanejados ap�s a divulga��o da chegada da nova mancha. "N�o imaginava que estava nessa situa��o", comentada o apenado Paulo Henrique da Silva, de 21 anos. "Estamos separando o �leo com as luvas. Alguns, temos mais sorte, outros s�o mais dif�ceis de tirar. Estou achando legal poder ajudar."

A �rea est� isolada com fitas, com a restri��o de acesso at� para a imprensa e os volunt�rios - alguns reclamavam da situa��o e apontavam que os militares n�o deveriam atuar de bermuda (por quest�es de seguran�a). Um dos poucos volunt�rios que conseguiu ajudar estava em um stand up paddle, que usava para se deslocar para longe da margem para procurar manchas.

"N�o est�o deixando ningu�m. Assim que cheguei em Itapuama, soube que tinha chegado aqui. Veio gente da Marinha e do Ex�rcito para c�, a� a gente tamb�m se dividiu", conta a bi�loga e volunt�ria Gabriela Barros, de 31 anos. "Viemos dar suporte e n�o estamos podendo fazer nada. Trouxemos doa��o para c� abastecendo eles. A gente est� usando o mesmo tipo de prote��o que eles e j� temos o conhecimento de quem est� atuando nisso."

O Rio Jaboat�o tem cerca de 75 quil�metros de extens�o, sendo local de pesca e de reprodu��o de esp�cies, incluindo tubar�es.

"Aqui tem caranguejo, camar�o, peixes, logo na frente tem a col�nia de pescadores que nos ajudou bastante a monitorar", conta Edilene Rodrigues, superintendente de Meio Ambiente de Jaboat�o. "A nossa barreira de conten��o rompeu na madrugada (por causa da mar�), mas o intuito � que, se viesse boiando (o �leo), conseguiria reter", conta. "V�rias redes de camar�o foram distribu�das e conseguiram interceptar uma grande massa que chegou no domingo."

Segundo o governo de Pernambuco, boias de conten��o est�o sendo colocando no mar e em rios desde o dia 17. Como o estu�rio do Rio Jaboat�o tem densidades distintas, por reunir �guas doce e salgada, o �leo consegue escapar por baixo da boia. Por isso, foi iniciada a coloca��o de redes submersas abaixo das boias, que somam tr�s quil�metros de extens�o.


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