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Estado de Minas GERAL

Volunt�rios relatam n�usea, tontura e alergia ap�s contato com �leo em praias


postado em 25/10/2019 07:44

Tontura, n�useas, dor de cabe�a e rea��es al�rgicas est�o entre os sintomas relatados por parte dos volunt�rios de mutir�es para remover �leo de praias pernambucanas. A situa��o � apontada at� por quem usou m�scaras, galochas e luvas. E, apesar da recomenda��o das autoridades de usar equipamento de prote��o, � comum ver muitos com os corpos expostos. Unidades m�dicas j� t�m criado postos de atendimento nas praias e orientado os profissionais de sa�de sobre como lidar com esses casos.

"Estava puxando o �leo para a areia e me senti mal. Quando puxei, o cheiro estava at�pico, como de �leo muito concentrado", conta a dona de casa Mar�lia Clementino, de 31 anos. A moradora de Jaboat�o dos Guararapes viajou cerca de uma hora ontem at� Paulista (PE), para ajudar na limpeza da Praia do Janga. No grupo, duas pessoas se sentiram mal no mesmo dia. Mar�lia relata tontura e dor de cabe�a, e atribui a rea��o ao uso inadequado da m�scara.

Conforme a Secretaria Estadual de Sa�de, s�o investigadas 19 intoxica��es com suspeita de rela��o com o �leo. Segundo a pasta, houve casos ligados ao contato com o poluente e tamb�m pelo uso indevido de solventes para remo��o.

"A gente tem visto pessoas procurarem unidades de sa�de, mas eles informam que retiraram o �leo com benzina, gasolina, querosene", disse ontem o ministro da Sa�de, Luiz Henrique Mandetta. Segundo ele, n�o h� ainda preocupa��o � sa�de e o governo faz estudos sobre o impacto na cadeia alimentar. "At� o momento, a gente n�o tem nenhum alerta."

O jornal O Estado de S. Paulo acompanhou mutir�es em praias pernambucanas nos �ltimos tr�s dias. Entre volunt�rios e agentes p�blicos, todos ficavam com alguma parte do corpo exposta, nem que fosse pelo comprimento da roupa. V�rios entravam na �gua ou no meio de pedras sujas de �leo.

Pescador h� mais de 25 anos, Adalberto Barbosa, o Formig�o, mora e trabalha em S�o Jos� da Coroa Grande (PE). Desde os primeiros sinais de �leo, se juntou ao trabalho de limpeza. "Come�amos cedinho e vamos at� a noite. � nosso ganha-p�o. Se n�o puder pescar, minha fam�lia passa necessidade." Na segunda, vieram os sintomas. "Tive muita dor de cabe�a e vomitei. Senti o corpo mole, como se estivesse com uma gripe daquelas. Mas s� parei um dia. Fui medicado, me sinto melhor e continuo trabalhando."

Dos 19 pacientes reportados, 17 foram em S�o Jos� - os outros dois foram em Ipojuca. Marcello Neves, diretor cl�nico do Hospital Municipal Osm�rio Omena de Oliveira, diz que foram registrados dois tipos de rea��o ao �leo. Dos atendimentos, 70% foram de problemas de pele. "As pessoas tiveram dermatite de contato, apresentando coceiras e feridas na pele, al�m de dor de cabe�a. Houve ainda pacientes que tiveram rea��es por inalar os gases que saem do �leo. Nesses casos, a maioria apresentou dor de cabe�a, enjoos, v�mito e tontura."

Para especialistas, s� deve haver problemas mais graves ap�s exposi��o muito prolongada. Outra preocupa��o dos m�dicos � de que as subst�ncias t�xicas se espalhem pelo ambiente, como nos len��is fre�ticos, o que tamb�m traria riscos.

Bahia

Volunt�rios e representantes de col�nias de pescadores baianos tamb�m relatam problemas. A bi�loga e professora de surfe Carla Circenis, de 49 anos, ficou com os olhos inflamados e caro�os na pele. "Mesmo tendo conhecimento de bi�loga e at� prevendo consequ�ncias, entrei na �gua. No outro dia, amanheci muito mal", conta ela, de Salvador. A Secretaria de Sa�de da Bahia informou n�o ter registros de contamina��o. O governo tamb�m vai avaliar se frutos do mar est�o pr�prios para consumo.

Cuidados

Sintomas: Volunt�rios que atuaram na retirada do �leo no Nordeste relatam v�mito, n�usea e ard�ncia nos olhos. Os problemas s�o causados tanto pelo contato com a subst�ncia quanto pelo uso de solventes para limpeza da pele.

Na hora da limpeza: Pessoas que atuam na retirada do �leo devem evitar o contato com a subst�ncia por meio de m�scara descart�vel, luvas de borracha e botas. As roupas, de prefer�ncia imperme�veis, devem cobrir pernas e bra�os.

Produtos nocivos: Em caso de contato, n�o devem ser usados solventes, como querosene, gasolina, �lcool, acetona, para retirar o �leo da pele. Esses produtos podem ser absorvidos e causar les�es. Segundo a Secretaria de Sa�de de Pernambuco, o indicado � que sejam usados �leo de cozinha ou produtos contendo glicerina ou lanolina.

Quem n�o deve ir: Crian�as, gestantes e doentes cr�nicos n�o devem atuar nos mutir�es de limpeza.

(Colaboraram Renata Okumura, Mateus Vargas e Vin�cius Brito, Felipe Goldenberg, Milena Teixeira, especial para o Estado)


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