Espanha se oferece para receber COP-25 ap�s desist�ncia do Chile

O presidente do Chile, Sebasti�n Pi�era, anunciou nesta quinta-feira, 31, que o governo espanhol ofereceu a cidade de Madrid para sediar a pr�xima Confer�ncia do Clima da ONU. A COP-25 seria realizada em Santiago entre os dias 2 e 13 de dezembro, mas Pi�era cancelou nesta quarta a realiza��o do evento em raz�o dos graves protestos que atingem o pa�s.

"Ontem conversei com o presidente da Espanha, Pedro S�nchez, que fez uma generosa oferta de organizar a c�pula nos mesmos dias que estava programada para ser realizada no Chile", disse Pi�era. "Espero que isso represente uma solu��o", continuou.

Na sequ�ncia, o governo espanhol tamb�m divulgou um comunicado confirmando a oferta. Sanchez indicou que estava pronto para fazer o necess�rio para receber a confer�ncia. O secretariado da Conven��o do Clima da ONU (UNFCCC) afirmou que vai analisar a possibilidade em reuni�o em Bonn (Alemanha), sede do �rg�o, na semana que vem.

"� encorajador ver os pa�ses trabalhando juntos no esp�rito do multilateralismo para enfrentar as mudan�as clim�ticas, o maior desafio que esta e as futuras gera��es enfrentam", afirmou Patricia Espinosa, secret�ria-executiva da UNFCCC, em comunicado no site da entidade.

O Chile s� assumiu a realiza��o da COP-25 depois que o Brasil voltou atr�s na sua oferta de receber a confer�ncia no final do ano passado. T�o logo Jair Bolsonaro foi eleito, o presidente Michel Temer retirou a oferta.

O governo alegou como motivo "dificuldades or�ament�rias" e o processo de transi��o presidencial. Bolsonaro chegou a dizer que n�o era uma decis�o sua, mas depois defendeu que o Brasil de fato n�o sediasse a confer�ncia. "Abrimos m�o de sediar a Confer�ncia Clim�tica Mundial da ONU, pois custaria mais de
R$ 500 milh�es ao Brasil", escreveu em seu Twitter em dezembro.

Ex-ministros do Meio Ambiente na gest�o Temer, Jos� Sarney Filho e Edson Duarte chegaram a fazer um apelo para que o Brasil voltasse a se oferecer para receber a confer�ncia, mas o governo brasileiro nem chegou a se manifestar. (COM AG�NCIAS INTERNACIONAIS)