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Estado de Minas DESASTRE AMBIENTAL

�leo chega a Abrolhos

Marinha confirmou haver manchas na ilha de Santa B�rbara. Equipes retiram o material, que atingiu praia em Caravelas. Dona do navio grego suspeito nega ter vazado petr�leo


postado em 03/11/2019 04:00 / atualizado em 02/11/2019 21:13

Simone Kafruni e Thays Martins
Fragmentos de petróleo são vistos na região rica em biodiversidade(foto: Marinha/Divulgação)
Fragmentos de petr�leo s�o vistos na regi�o rica em biodiversidade (foto: Marinha/Divulga��o)

Bras�lia – �rea mais rica em biodiversidade da Am�rica do Sul, o arquip�lago dos Abrolhos come�ou a ser atingido pelas manchas de �leo do vazamento de petr�leo cru que assola o litoral brasileiro. Localizado no sul da Bahia, Brasil, Abrolhos tem cinco ilhas: Santa B�rbara, Siriba, Redonda, Sueste e Guarita. Ontem, a Marinha confirmou que fragmentos do �leo foram encontrados na Ilha de Santa B�rbara, que n�o faz parte do Parque Nacional Marinho de Abrolhos. Equipes atuam no local para a remo��o do material, que tamb�m foi encontrado em Ponta da Baleia, em Caravelas. A localiza��o do res�duo de petr�leo cru provocado pelo vazamento foi informada pelo Grupo de Acompanhamento e Avalia��o (GAA), formado pela Marinha, pela ANP e pelo Ibama.
 
Na quarta-feira, uma equipe do Ibama sobrevoou o local e n�o encontrou vest�gios de �leo na regi�o. Com a possibilidade de chegada das manchas, que estavam se deslocando para o sul da Bahia, o monitoramento na �rea do entorno do arquip�lago foi intensificado. Moradores da praia de Caravelas, no Sul da Bahia, �rea central do Parque Nacional Marinho de Abrolhos, disseram que t�m apenas 20 kits de equipamentos de prote��o individual, os chamados EPIs. Como o material � t�xico, � necess�rio usar m�scara, luvas, botas e macac�o durante a limpeza do �leo. Contudo, o clima em Caravelas � de improvisa��o: at� mesmo crian�as coletaram pelotas de �leo sem os materiais de prote��o.
 
O procurador-geral da Rep�blica, Augusto Aras, afirmou, ontem, que disponibilizou a Secretaria de Coopera��o Internacional dar� prioridade � Opera��o M�cula, que mira o navio grego Bouboulina, suspeito de ser a origem do vazamento de �leo que atingiu as praias do Nordeste brasileiro. “A atua��o repercute de forma extremamente positiva nacional e internacionalmente, prevenindo futuros casos e, por isso, merece todo apoio da PGR, que inclusive j� disponibilizou a secretaria de coopera��o jur�dica internacional para que trate o caso como priorit�rio”, diz Aras. Segundo o Minist�rio P�blico Federal do Rio Grande do Norte, as investiga��es permitem atribuir 'exist�ncia cristalina de fortes ind�cios' de que o �leo veio do Bouboulina.
 
A empresa gestora Delta Tankers Ltd, do petroleiro grego Bouboulina, negou ontem estar envolvida na polui��o. O navio, que fazia o trajeto da Venezuela � Mal�sia, “chegou a seu destino sem problemas e descarregou toda a carga sem perdas”, afirma um comunicado da empresa. “N�o h� evid�ncias de que o navio parou, realizou qualquer tipo de opera��o STS (de navio para navio), sofreu algum vazamento, ou desviou-se de sua rota, em seu caminho da Venezuela para Melaka, na Mal�sia”, afirma a empresa. A companhia de navega��o, com sede em Atenas, disse ter realizado “uma investiga��o completa do material das c�meras e sensores que todos os nossos navios carregam como parte de nossa pol�tica de seguran�a e respeito ao meio ambiente”.

Maior desastre Na regi�o de Abrolhos fica o primeiro parque nacional marinho do pa�s, criado em 1983, onde fica uma das maiores biodiversidades do pa�s, abrigando corais e outras esp�cies amea�adas. A regi�o � tamb�m ber��rio de esp�cies como a baleia Jubarte. A Marinha informou que oito embarca��es monitoram a regi�o. Desde que manchas de �leo cru come�aram a atingir o litoral, em agosto, foram retiradas aproximadamente 3,8 mil toneladas de res�duos de �leo das praias nordestinas. O dado foi divulgado pela Marinha ap�s levantamento feito pelo Ibama. Todos os estados do Nordeste j� tiveram praias atingidas. Novas manchas come�aram a atingir o litoral da Bahia nos �ltimos dias. Segundo investiga��es da Pol�cia Federal (PF), h� suspeitas de que o �leo tenha sido derramado pelo navio Bouboulina a cerca de 700 km da costa brasileira.
 
Ap�s mais de dois meses desde que as primeiras manchas de �leo foram identificadas no litoral brasileiro, ainda s�o muitas as d�vidas em rela��o ao acidente. Apesar dos muitos questionamentos, essa n�o � a primeira vez que o Brasil se depara com uma situa��o parecida. Ao longo da hist�ria, o pa�s enfrentou alguns vazamentos de petr�leo, que inclusive foram respons�veis para que hoje se tenha um Plano de Contingenciamento para este tipo de situa��o. Cada epis�dio teve suas peculiaridades, mas h� pontos em que esses acidentes podem ajudar a prever as consequ�ncias do de hoje. Mas uma coisa � certa, o pa�s nunca esteve diante de algo como o que enfrenta agora. (Com ag�ncias)



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