
A pesquisa indica que esses 44% das emiss�es de gases do ano passado est�o ligados diretamente ao desmatamento e � degrada��o do solo. O pa�s teve emiss�es brutas de 1.939 bilh�o de toneladas de CO2 equivalente (COZe), um valor de 0,3% maior do que o 1,939 bilh�o de toneladas verificado em 2017.
No setor de energia, registrou-se queda de 5% nas emiss�es. Isso se deve ao aumento do uso de etanol no transporte de passageiros (13%) , � adi��o obrigat�ria de biodiesel ao diesel e ao incremento de renov�veis na gera��o de eletricidade. Foi registrado tamb�m o crescimento da energia e�lica e o aumento das chuvas que fizeram o governo desligar termel�tricas f�sseis e acionar usinas hidrel�tricas. Devido ao menor acionamento de usinas t�rmicas, as fontes n�o-h�dricas ultrapassaram as f�sseis pela primeira vez e, em 2018, foram a segunda maior fonte de eletricidade para o pa�s.
J� as emiss�es de agropecu�ria, os processos industriais e res�duos tiveram pequenas varia��es: queda de 0,7% no primeiro setor e aumento de 1% nos outros dois.
Apesar das mudan�as positivas, o perfil das emiss�es brasileiras indica que o pa�s � o s�timo maior poluidor clim�tico do planeta, ainda n�o incorporou uma trajet�ria consistente de redu��o de emiss�es. “Manter as emiss�es brasileiras est�veis num mundo que continua aumentando as emiss�es � importante, mas n�o suficiente. O planeta precisa que as emiss�es sejam reduzidas com vigor nos pr�ximos anos, e infelizmente nosso cen�rio de emiss�es para 2020 � de aumento”, afirmou Tasso Azevedo, coordenador-t�cnico do OC e coordenador do SEEG.
Em 2016 e 2017, as miss�es vinham em queda de 0,4% e 4,2%. Em 2019, elas dever�o sofrer crescimento importante, devido � explora��o no desmatamento na Amaz�nia e no Cerrado. “O desmatamento deste ano ainda n�o est� capturado nesta estimativa”, destacou Azevedo.
O Brasil n�o vai cumprir a meta estabelecida para 2020 em sua lei nacional de clima de reduzir em 80% a taxa de desmatamento na Amaz�nia. De acordo com a pesquisa, mesmo que se todo o desmatamento parasse hoje, a eleva��o detectada pelo sistema de monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) nos �ltimos meses, coloca o pa�s em um patamar superior aos 3,925km2 estabelecidos pela lei.
“N�s j� v�nhamos numa situa��o delicada antes do desmonte da governan�a ambiental brasileira promovido pelo governo atual”, disse Carlos Rittl, secret�rio-executivo do OC. “Em 2019, os planos de combate ao desmatamento na Amaz�nia e Cerrado foram engavetados e n�o temos nem mesmo um esbo�o de plano para a implementa��o da NDC, que deveria ocorrer a partir do ano que vem. Na verdade, at� os �rg�os que deveriam implantar a NDC foram extintos pela atual administra��o”, finalizou Tasso.
*A estagi�ria est� sob supervis�o da subeditora Ellen Cristie.