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Estado de Minas GERAL

Ufal estima que vazamento de �leo pode ter sido provocado por navio fantasma


postado em 09/11/2019 16:00

Uma nova an�lise da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) indica que o recente vazamento de �leo bruto na costa do Nordeste teria sido causado por um navio fantasma - e n�o por um petroleiro grego, como aponta o governo brasileiro. Neste s�bado, 9, o �leo chegou a mais duas praias do Esp�rito Santo, mostrando que se espalha agora pelo Sudeste.

A embarca��o teria passado pela costa brasileira com o sistema de rastreamento por sat�lite, o transponder, desligado para n�o ser detectada pelas autoridades. Os dados de navega��o usados na pesquisa s�o provenientes da plataforma Marine Traffic, provedora mundial de trajet�rias de navios.

A partir desses dados, o Laborat�rio de An�lise e Processamento de Imagens de Sat�lite (Lapis) rastreou e analisou os trajetos dos cinco petroleiros de bandeira grega que navegaram pela costa brasileira no per�odo pr�ximo � chegada de �leo nas praias do Nordeste e que foram notificados pela Marinha do Brasil.

Autoridades brasileiras acreditam que uma das cinco embarca��es (Maran Apollo, Maran Libra, Bouboulina, Minerva Alexandra e Cap. Pembroke) seria respons�vel pelo vazamento e apontou o Bouboulina como principal suspeito. A empresa Delta Tankers, respons�vel pela embarca��o, negou a responsabilidade.

Na semana passada, o Lapis j� havia contestado a vers�o da Marinha, que associava a origem das manchas de �leo ao trajeto do Bouboulina. O laborat�rio encontrou uma significativa imagem de �leo do sat�lite Sentinel-1�, em 24 de julho, dois dias antes da passagem do navio grego pelo local. Agora, o laborat�rio ampliou a an�lise para as outras quatro embarca��es de bandeira grega e chegou a conclus�o semelhante.

"A partir da an�lise dos cinco navios gregos investigados pelas autoridades brasileiras, identificamos que h� grande probabilidade de as rotas deles n�o terem rela��o com o derramamento de �leo no litoral do nordeste", explicou o pesquisador Humberto Barbosa, coordenador do Lapis. "Algumas pe�as foram fundamentais para montar esse quebra-cabe�as: as imagens de sat�lite, as informa��es de intelig�ncia em navega��o, a data do surgimento das manchas de �leo na regi�o, a dire��o das correntes oce�nicas e a proced�ncia do petr�leo."

De acordo com o Lapis, a imagem de sat�lite mais conclusiva da presen�a de �leo no litoral do Nordeste foi registrada no dia 24 de julho, na altura do Rio Grande do Norte. Ela identifica uma mancha de 86 quil�metros de extens�o e um quil�metro de largura, a aproximadamente 40 quil�metros do munic�pio de S�o Miguel do Gostoso. A mancha varia de 40 a 1.200 metros de profundidade, dependendo do trecho. A mesma imagem registra tamb�m a presen�a de um navio, que n�o seria nenhum dos cinco petroleiros gregos.

"Na interpreta��o do sinal de �leo na imagem de sat�lite j� foram descartados poss�veis ru�dos de fitopl�ncton, topografia de fundo do oceano, correntes mar�timas, nuvens ou brisas", explicou Barbosa. "A �nica interfer�ncia poss�vel seria o rastro deixado pelo navio na �gua ter sido registrado pelo sat�lite. Por�m, pela geometria, intensidade, espessura e tamanho da mancha, consideramos baixa essa possibilidade."

Fragmentos de �leo foram encontrados neste s�bado em mais duas praias do Esp�rito Santo: Urussuquara e Barra Nova. Na quinta-feira (7), o �leo j� chegara em Guriri (ES). Autoridades locais fecharam a foz de riachos que des�guam no mar para evitar que a polui��o chegue aos rios e comprometa o abastecimento de �gua.

O Esp�rito Santo � o d�cimo Estado brasileiro a ser atingido pelo �leo, depois de Alagoas, Bahia, Cear�, Maranh�o Para�ba, Pernambuco, Piau�, Rio Grande do Norte e Sergipe. De acordo com levantamento feito pelo Ibama, cerca de 4.300 toneladas de �leo j� foram retiradas das praias nordestinas.


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