A mat�ria enviada anteriormente cont�m incorre��es. Diferentemente do que foi publicado, segundo informa��es dadas pelo Minist�rio da Mulher, da Fam�lia e dos Direitos Humanos, em Ituverava (SP), n�o foi feriado. Como outros erros foram encontrados, optamos por republicar a mat�ria sem a lista das cidades fornecida pelo minist�rio.
Nesta quarta-feira, 20 de Novembro, � celebrado o Dia da Consci�ncia Negra, em refer�ncia � morte de Zumbi dos Palmares - s�mbolo da luta pela liberdade e valoriza��o do povo afro-brasileiro. A data, por�m, � feriado em apenas alguns dos 5.570 munic�pios brasileiros - menos de 15%, segundo levantamento do Estado com base em dados da Secretaria Nacional de Pol�ticas Promo��o da Igualdade Racial, do Minist�rio da Mulher, da Fam�lia e dos Direitos Humanos.
A data foi inclu�da no calend�rio escolar nacional em 2003 e, em 2011, a Lei 12.519 instituiu oficialmente o Dia Nacional de Zumbi e da Consci�ncia Negra.
A lei, no entanto, n�o incluiu o Dia da Consci�ncia Negra no calend�rio de feriados nacionais, j� que o Congresso Nacional n�o legislou sobre o tema. Cinco Estados - Alagoas, Amazonas, Amap�, Mato Grosso e Rio de Janeiro - j� aprovaram leis estaduais que determinam o feriado de 20 de Novembro.
Maior Estado do Pa�s em popula��o, com cerca de 45 milh�es de habitantes, S�o Paulo comemora o feriado em algumas das 645 cidades, incluindo a capital. J� em Minas Gerais, unidade federativa com maior quantidade de munic�pios (853), � feriado em apenas 11 cidades. Apesar de ter institu�do em 2015 o dia 20 de novembro como o Dia Municipal da Consci�ncia Negra, a prefeitura de Belo Horizonte n�o considera a data como feriado local e n�o h� suspens�o de servi�os p�blicos, por exemplo.
Quem foi Zumbi dos Palmares?
Zumbi foi um dos l�deres do Quilombo dos Palmares, o mais conhecido n�cleo de resist�ncia negra � escravid�o no Brasil. Palmares surgiu a partir da reuni�o de negros fugidos da escravid�o nos engenhos de a��car da Zona da Mata nordestina, em torno do ano de 1600. Eles se estabeleceram na Serra da Barriga, onde hoje � o munic�pio de Uni�o dos Palmares, em Alagoas. Ali, por causa das condi��es de dif�cil acesso, puderam organizar-se em uma comunidade que, estima-se, chegou a reunir mais de 30 mil pessoas.
Muitos dos quilombolas eram �ndios e brancos pobres, segundo a Funda��o Joaquim Nabuco. Nabuco foi expoente do movimento abolicionista.
"A vida de Zumbi, o rei do Quilombo dos Palmares, � pouco conhecida e envolta em mitos e discuss�es", afirma o texto.
Logo, v�rios dos trechos abaixo s�o objeto de pol�micas entre os historiadores.
Ao longo do s�culo 17, Palmares resistiu a investidas militares dos portugueses e de holandeses, que dominaram parte do Nordeste de 1630 a 1654. Segundo o historiador Pedro Paulo Funari, no artigo A Rep�blica de Palmares e a Arqueologia da Serra da Barriga, em 1644, um ataque holand�s matou 100 pessoas e aprisionou 31, de um total de 6 mil que viviam no quilombo.
Funari tamb�m afirma que o quilombo era chamado pelos portugueses de Rep�blica dos Palmares, nos documentos da �poca, e termos como "mocambo" foram posteriormente utilizados no sentido pejorativo.
Quilombo dos Palmares
O quilombo era composto por v�rias aldeias, de nomes africanos, como Aqualtene, Dombrabanga, Zumbi e Andalaquituche; ind�genas, como Subupira ou Tabocas; e portugueses, como Amaro; e sua capital era chamada de Macacos, termo de origem incerta. Zumbi nasceu livre, em Palmares, provavelmente em 1655, e, segundo historiadores, seria descendente do povo imbamgala ou jaga, de Angola.
Ainda na inf�ncia, durante uma das tentativas de destrui��o do quilombo, ele foi raptado por soldados portugueses e teria sido dado ao padre Antonio Melo, de Porto Calvo (hoje, em Alagoas), que o batizou de Francisco e ensinou-lhe portugu�s e latim. Aos 10 anos, tornou-o seu coroinha. Com 15 anos, Francisco foge, retorna a Palmares e adota o nome de Zumbi. Aos 20 anos, Zumbi destacou-se na luta contra os militares comandados pelo portugu�s Manuel Lopes. Nesses combates, chegou a ser ferido com um tiro na perna.
Em 1678, o governador de Pernambuco, Pedro de Almeida, prop�e a Palmares anistia e liberdade a todos os quilombolas. Segundo o historiador Edison Carneiro, autor do livro O Quilombo dos Palmares, ao longo dos quase 100 anos de resist�ncia dos palmarinos, foram in�meras as ofertas como essa.
Ganga Zumba, ent�o l�der de Palmares, concorda com a tr�gua, enquanto Zumbi � contra, por argumentar que o acordo favoreceria a continuidade do regime de escravid�o praticado nos engenhos.
Zumbi vence a disputa, � aclamado pelos que discordavam do acordo e, aos 25 anos, torna-se l�der do quilombo. Ao longo da vida, Zumbi teria tido pelo menos cinco filhos. Uma das vers�es diz que ele teria se casado com uma branca, chamada Maria. Ao longo de seu reinado, Zumbi passou a comandar a resist�ncia aos constantes ataques portugueses.
Em 1692, o bandeirante paulista Domingo Jorge Velho, uma esp�cie de mercen�rio da �poca, comandou um ataque a Palmares e teve suas tropas arrasadas. O quilombo foi sitiado e s� capitulou em 6 de fevereiro de 1694, quando os portugueses invadem o principal n�cleo de resist�ncia, a Aldeia do Macaco.
Ferido, Zumbi foge. Resistiu na mata por mais de um ano, atacando aldeias portuguesas, e, em 20 de novembro de 1695, depois de ser tra�do pelo antigo companheiro, Antonio Soares, Zumbi � localizado pelas tropas portuguesas.
Preso, Zumbi � morto, esquartejado, e sua cabe�a � levada a Olinda para ser exposta publicamente. Um dos objetivos de terem feito isso com a cabe�a dele era o de acabar com os boatos que corriam entre os negros escravizados de que o l�der quilombola era imortal.
Ao longo do s�culo 17, Palmares resistiu a investidas militares dos portugueses e de holandeses, que dominaram parte do Nordeste de 1630 a 1654. Segundo o historiador Pedro Paulo Funari, no artigo A Rep�blica de Palmares e a Arqueologia da Serra da Barriga, em 1644, um ataque holand�s matou 100 pessoas e aprisionou 31, de um total de 6 mil que viviam no quilombo.
Funari tamb�m afirma que o quilombo era chamado pelos portugueses de Rep�blica dos Palmares, nos documentos da �poca, e termos como "mocambo" foram posteriormente utilizados no sentido pejorativo.
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